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Celso Amorim diz que impasse nas eleições venezuelanas deve ser resolvido sem 'interferência externa'

Segundo o assessor do presidente Lula, o diálogo “é difícil, mas precisa ser tentado”

Celso Amorim (Foto: Reprodução/YT)

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247 - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, participou de uma audiência no Senado nesta quinta-feira (15) para detalhar a posição do Brasil sobre o impasse político na Venezuela, informa o G1. Amorim afirmou que o governo federal defende uma solução negociada, sem interferência externa, para a situação e ressaltou que o diálogo “é difícil, mas precisa ser tentado”.

"A posição do Brasil obedece a princípios muito importantes: a defesa da democracia, a não ingerência em assuntos internos e a resolução pacífica de controvérsias. Por isso, temos insistido na publicação de atas. Não sei se isso agrada ou não o presidente (Nicolás) Maduro, mas nós nunca deixamos de insistir na publicação das atas. [...]A solução precisa ser construída pelos próprios venezuelanos e não imposta de fora. O que nós podemos fazer é ajudar nesse diálogo", disse.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) afirma que Nicolás Maduro foi reeleito, mas ainda não divulgou as atas de votação. Já a oposição afirma que o seu candidato, Edmundo Gonzalez, foi vitorioso e obteve mais de 70% dos votos. O governo brasileiro ainda não reconheceu a vitória de nenhum dos candidatos.

Amorim explicou que a transparência é essencial para a credibilidade de qualquer processo eleitoral. “Os principais dilemas que temos no momento são a questão da transparência dos resultados e divergências sobre a atuação do Tribunal Supremo de Justiça. Todos os nossos interlocutores concordam que a prioridade é encontrar uma forma de pacificar o país, que já sofreu com tanta instabilidade. Somos favoráveis à solução que venha do diálogo. É difícil, mas tem que ser tentada”, defendeu.

O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou que o governo brasileiro vem recebendo elogios da comunidade internacional pelo seu posicionamento na crise como um interlocutor regional. "O presidente Lula também foi procurado por interlocutores importantes, como o presidente Biden. Deve falar com ele hoje [quinta] ou amanhã [sexta]. De qualquer maneira é uma ligação que ele já aceitou. O presidente Macron, da França, com quem falou logo depois, e o primeiro-ministro do Canadá, com quem falou ontem. Anteontem. Também manifestaram apoio aos esforços do Brasil", disse aos senadores.

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