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Eduardo Bolsonaro usa fala de Celso Amorim para pedir nova eleição no Brasil

Filho de Jair Bolsonaro também insultou o assessor especial do presidente Lula após ele defender novas eleições na Venezuela como solução para a crise lá

Eduardo Bolsonaro (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

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247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, proferiu insultos contra o assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, e insinuou que as eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo então candidato do PT, foram fraudadas. Ele não apresentou provas. 

A postagem vem após a proposta de novas eleições presidenciais na Venezuela, que vem ganhando força em círculos diplomáticos diante do impasse eleitoral que atinge o país desde 28 de julho, quando o pleito foi realizado.

"Faz nova eleição no Brasil então, ué, dê o exemplo, seu imoral!", postou Eduardo na rede social X (antigo Twitter). 

SAIBA MAIS - O assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira (13) que, diante do impasse eleitoral na Venezuela, ambas as partes que reivindicaram vitória não devem recear uma nova rodada de eleições.

A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamando Nicolas Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos estouraram no país por parte daqueles que discordavam dos resultados das eleições. O opositor Edmundo Gonzalez se autoproclamou presidente com o apoio de Washington, que pediu à comunidade global que reconhecesse o ex-diplomata como o vencedor da eleição presidencial "dadas as evidências claras." O Tribunal Supremo da Venezuela ainda não divulgou os resultados de sua perícia dos materiais apresentados pelo CNE e os blocos oponentes. Gonzalez faltou à audiência no Supremo, e Maduro apareceu confiante de que a análise do tribunal venezuelano sacramentaria sua vitória. 

"Se os dois lados acham que ganharam, ninguém tem nada a temer", afirmou Amorim à jornalista Raquel Landim, do UOL, citando um possível acordo que envolveria também a remoção das sanções ocidentais contra a Venezuela. 

Mais cedo, o jornal Valor Econômico relatou que Amorim disse que a ideia é "embrionária". 

O Brasil manifestou que não reconhecerá a vitória de Maduro sem a divulgação completa das atas desagregadas e a validação dos resultados, algo que o CNE ainda não fez. As preocupações das autoridades com a escalada da violência e as ameaças de mais prisões políticas aumentaram, e novas eleições, amplamente reconhecidas, poderiam abrir caminho para a pacificação do país.

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