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      Associação Brasileira de Economistas pela Democracia repudia o prêmio Economista do Ano concedido a Javier Milei

      A Ordem dos Economistas do Brasil 'legitima um projeto destrutivo', afirmou a ABED, que mencionou Trump: 'o ultraliberalismo compromete a América Latina'

      Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) publicou uma nota de repúdio nesta terça-feira (25) à iniciativa da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), que escolheu o presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, como Economista do Ano. De acordo com a ABED, “essa escolha não apenas legitima um projeto econômico destrutivo e antidemocrático, como também revela uma preocupante adesão a uma agenda ultraliberal que compromete o desenvolvimento social e econômico da América Latina”. A associação também criticou a "submissão ideológica de Milei às políticas autoritárias e persecutórias" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), que representa a extrema-direita norte-americana.

      “Milei tem conduzido a economia argentina por um caminho de desmonte do Estado, desregulamentação selvagem e ataques aos direitos sociais e trabalhistas, aprofundando a recessão, a desigualdade e a instabilidade econômica. A suposta estabilização da inflação, amplamente exaltada por seus defensores, nada mais é do que a repetição de políticas desastrosas de supervalorização do peso, historicamente responsáveis por sucessivas crises no balanço de pagamentos do país”.

      Conforme o alerta emitido pela associação, “mais grave ainda é a submissão ideológica de Milei às políticas autoritárias e persecutórias de Donald Trump, evidenciando um alinhamento internacional com forças reacionárias que atentam contra a soberania nacional e os direitos dos povos”.

      “Ao premiar Milei, a Ordem dos Economistas do Brasil não apenas chancela esse projeto nefasto, mas também se distancia do compromisso que deveria ter com uma economia orientada pelo bem-estar social, pelo fortalecimento do desenvolvimento nacional e pela democracia”, continuou.

      “É fundamental destacar que a Ordem dos Economistas do Brasil não fala em nome dos economistas brasileiros, muito menos daqueles que defendem a preservação da democracia e a promoção do desenvolvimento com justiça social. A atual direção daquela entidade demonstra um claro oportunismo ao se apresentar como porta-voz dos economistas brasileiros, tentando legitimar políticas que aprofundam desigualdades e fragilizam a soberania nacional. A ABED reafirma seu compromisso com uma economia justa, inclusiva e soberana, rechaçando qualquer tentativa de legitimar políticas que condenam os povos ao empobrecimento e à instabilidade”.

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