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Chefe do Comando Sul dos EUA: "A solução na Venezuela é democrática, não militar"

Washington pediu à comunidade internacional que reconhecesse Edmundo Gonzalez como o vencedor da eleição venezuelana

Laura Richardson (Foto: Reprodução/EFE/Vídeo)

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247 - A chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Laura Richardson, afirmou em entrevista à agência EFE, divulgada nesta quarta-feira (7), que a solução para a crise na Venezuela após as eleições presidenciais deve ser democrática e não militar. 

Segundo ela, a resolução da situação só será alcançada com transparência e através da publicação dos resultados eleitorais. "Gostaria de voltar ao que outros disseram. Alguns dos nossos líderes do Congresso afirmaram que não precisamos recorrer a uma solução militar para nada disso. Isso é muito simples: publicar democraticamente os resultados da votação e mostrar a vontade do povo", afirmou, durante visita oficial ao Panamá. 

"A Equipe Democracia precisa permanecer unida e exigir transparência e a divulgação dos resultados", emendou. 

Os venezuelanos votaram em uma eleição presidencial em 28 de julho, que foi vencida pelo atual presidente Nicolas Maduro com mais de 51% dos votos. A oposição liderada pelo ex-candidato Edmundo Gonzalez reivindicou uma vitória esmagadora, citando atas de apuração que obtiveram de centros de votação em todo o país. Isso levou a protestos em massa da oposição. Mais de 2.000 pessoas foram detidas sob acusações de causar danos à infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo.

Sem esperar pelos resultados da contagem de votos e subsequente auditoria, Washington pediu à comunidade internacional que reconhecesse Gonzalez como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Parlamentares dos EUA e da UE, responsáveis por supervisionar as relações internacionais, ameaçaram Maduro na última sexta-feira com "responsabilidade" caso ele não abdicasse voluntariamente de seus poderes como chefe de Estado após a eleição, alegando que os resultados da votação foram fabricados.

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