China diz que remoção de Cuba da lista de terroristas era uma dívida histórica dos EUA

Prensa Latina - A China enfatizou nesta quarta-feira (15) que eliminar Cuba da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo era uma dívida histórica dos Estados Unidos que deveria ter sido corrigida há muito tempo.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiankun, destacou que a inclusão da ilha nessa lista era completamente infundada e constituía uma interferência grosseira e uma violação da soberania e da dignidade da nação caribenha.

“Isto foi fortemente condenado e rejeitado por unanimidade pela grande maioria dos membros da comunidade internacional, incluindo a China”, acrescentou.

Da mesma forma, condenou que “o cruel e desumano bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra Cuba há mais de 60 anos” continua em vigor, “causando enormes danos à economia e ao bem-estar do povo cubano, e levando a população cubana a sofrer grandes dificuldades.” 

O porta-voz lembrou que no ano passado a resolução apresentada pela ilha na Assembleia Geral da ONU para exigir o fim do bloqueio obteve, pelo 32º ano consecutivo, um apoio esmagador, com a comunidade internacional a expressar constante e firmemente o seu apoio para pôr fim a este cerco. 

"A China espera que os Estados Unidos permaneçam do lado certo da história e da maioria da comunidade internacional, e cancelem completamente o bloqueio e as sanções contra Cuba o mais rapidamente possível, impedindo quaisquer obstáculos ao desenvolvimento econômico e social da China e de Cuba”, destacou.

A nação caribenha foi retirada da lista norte-americana de países patrocinadores do terrorismo, medida anunciada na véspera pela administração de Joe Biden e que foi recebida com satisfação em vários países, especialmente na América Latina.