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    Biden retira Cuba da lista de 'patrocinadores estatais do terrorismo' antes da posse de Trump

    Futura administração terá a oportunidade de revisar a decisão

    Bandeiras dos Estados Unidos e de Cuba (Foto: REUTERS)
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    247 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nos últimos dias de seu mandato, notificará o Congresso sobre sua decisão de retirar Cuba da designação de "patrocinador estatal do terrorismo", afirmou nesta terça-feira (14) um alto funcionário do governo norte-americano.

    Cuba foi incluído pela primeira vez na lista de patrocinadores estatais do terrorismo pelo Departamento de Estado em 1982, durante a presidência de Ronald Reagan. Os EUA removeram Cuba dessa lista durante o governo Obama, em 2015, como parte dos esforços para normalizar as relações com Havana. No entanto, a ilha foi reinserida na lista durante a administração de Donald Trump, quando os EUA acusaram Cuba de abrigar fugitivos americanos e rebeldes colombianos.

    O funcionário disse que Biden notificará o Congresso sobre seu desejo de "remover Cuba da lista de patrocinadores estatais do terrorismo do Departamento de Estado", conforme noticiado pela Sputnik

    O funcionário também afirmou que Cuba libertará um número "significativo" de prisioneiros "muito em breve".

    "Esperamos que haja pessoas liberadas da detenção em Cuba antes do fim do governo Biden, antes de 20 de janeiro", declarou o oficial.

    O representante acrescentou que a Igreja Católica no Vaticano desempenhou um papel constante e consistente no diálogo com Cuba, mantendo os Estados Unidos informados sobre as possíveis ações que o país pretende tomar.

    A administração Biden, que está de saída, manteve contato com a equipe do presidente eleito Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20, sobre a decisão de buscar a remoção de Cuba da lista dos "patrocinadores estatais do terrorismo" dos Estados Unidos, afirmou o alto funcionário do governo nesta terça-feira.

    "Durante este período de transição, as equipes das respectivas administrações, a de Biden e a futura administração Trump, mantiveram comunicação regular sobre diversos temas. E essa questão está entre os assuntos discutidos entre eles", disse.

    O representante afirmou que a administração Trump terá a oportunidade de revisar a decisão. Segundo o funcionário, o governo Biden não vê evidências credíveis de que Cuba continue oferecendo apoio ao terrorismo internacional.

    Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba na década de 1960 e impuseram um embargo comercial à ilha.

    O ex-presidente Barack Obama tomou medidas para normalizar as relações bilaterais com Cuba, mas essa política foi revertida por seu sucessor, Donald Trump, que impôs 243 sanções econômicas adicionais a Havana, endureceu as regulamentações de viagem e recolocou a ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo.

    O presidente cessante, Joe Biden, prometeu restaurar a política de Obama em relação a Cuba, mas, em vez disso, ampliou as restrições contra o país. (Com informações da Sputnik).

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