China rebate acusações dos EUA e sugere reflexão sobre hegemonia na América Latina e Caribe
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores acusa os EUA de espalharem desinformação para minar laços entre Pequim e países latino-americanos
247 – Em resposta às recentes declarações do secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, que acusou a China de realizar investimentos predatórios na América Latina e no Caribe, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, rebateu com veemência as alegações. A notícia foi divulgada originalmente pelo jornal chinês Global Times.
Durante entrevista coletiva, Guo afirmou que os comentários de Rubio fazem parte de uma campanha deliberada de desinformação promovida pelos Estados Unidos, com o objetivo de semear discórdia entre a China e os países da região. “Os EUA estão espalhando falsidades de forma maliciosa, mas essas tentativas não terão sucesso”, declarou o porta-voz.
As críticas de Rubio foram feitas em uma coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, no dia 26 de março. Na ocasião, o secretário norte-americano afirmou que os investimentos chineses impõem “empréstimos gigantescos e impagáveis”, insinuando que Pequim estaria conduzindo uma nova forma de colonialismo financeiro.
Guo Jiakun refutou essas alegações ao destacar que a China se guia por princípios de respeito mútuo, igualdade, benefício recíproco, abertura e cooperação ganha-ganha em sua atuação internacional. Segundo ele, o país asiático respeita a vontade dos governos locais e tem contribuído significativamente para o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições de vida da população latino-americana.
“A chamada ‘armadilha da dívida’ é uma narrativa infundada que ignora os fatos”, afirmou Guo. Ele também instou os Estados Unidos a fazerem uma autocrítica: “É evidente para todos quem está envolvido em coerção e pilhagem. Aconselhamos os EUA a refletirem sobre sua própria hegemonia, práticas de intimidação e exploração nos países em desenvolvimento da América Latina e do Caribe, e a pararem de distorcer os fatos e difamar a China”.
A resposta chinesa ressalta o crescente embate geopolítico entre Pequim e Washington na disputa por influência na América Latina, uma região historicamente tratada como área de influência norte-americana, mas que tem ampliado sua parceria com a China nos últimos anos, especialmente em setores como infraestrutura, energia e comércio.
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