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      China defende cooperação internacional para aproveitar os benefícios da inteligência artificial

      Em discurso na ONU, embaixador chinês destaca a necessidade de governança inclusiva e equitativa da IA para o benefício global

      Conferência sobre Inteligência Artificial (Foto: Xinhua)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas realizada recentemente, o embaixador permanente da China na ONU, Fu Cong, fez um forte apelo pela cooperação internacional no desenvolvimento e na governança da inteligência artificial (IA). A informação foi divulgada originalmente pela agência de notícias Xinhua.

      Segundo Fu, a IA não deve ser privilégio de um pequeno grupo de países, nem sua regulamentação deve ser determinada unilateralmente por algumas nações. Ele alertou que barreiras discriminatórias baseadas em diferenças ideológicas comprometem o direito dos países em desenvolvimento de acessar e utilizar as novas tecnologias de forma justa e igualitária.

      “O desenvolvimento da IA deve ser voltado ao bem comum da humanidade. A imposição de regras por parte de blocos restritos ou o estabelecimento de pequenos círculos políticos não contribui para esse objetivo”, afirmou o embaixador chinês. “Somente aprendendo uns com os outros, praticando a governança conjunta e expandindo a cooperação poderemos seguir o caminho correto.”

      Fu também chamou a atenção para o aumento do abismo digital entre os países do Norte e do Sul globais, defendendo o fortalecimento da cooperação internacional para que os avanços da IA beneficiem também as nações em desenvolvimento. Ele destacou, como exemplo, a adoção de uma resolução proposta pela China e co-patrocinada por mais de 140 países, que busca promover a capacitação e o uso ético da IA em escala global.

      O representante chinês reforçou a necessidade de se estabelecer diretrizes claras para o uso da IA, conciliando segurança e desenvolvimento. Entre as medidas defendidas estão sistemas de avaliação de risco, regulamentações eficazes e o fortalecimento da formação de profissionais especializados na área tecnológica.

      A China tem demonstrado seu comprometimento com a governança responsável da IA por meio de diversas iniciativas nacionais. Em 2017, lançou um plano estratégico para o desenvolvimento de uma nova geração de IA. Em 2021, publicou um código de ética voltado à tecnologia, integrando princípios éticos ao ciclo de vida dos sistemas de IA. No ano passado, foi pioneira ao emitir o primeiro documento legislativo global sobre inteligência artificial generativa.

      Na Cúpula do G20 realizada no Brasil, o presidente chinês Xi Jinping também reiterou essa postura, ao afirmar que a IA não pode se transformar em um “jogo para países ricos e poderosos”, e que é necessário garantir uma governança global justa, transparente e cooperativa.

      Essas declarações e iniciativas refletem a visão da China de que a inteligência artificial deve ser desenvolvida com responsabilidade, inclusividade e voltada ao bem comum, evitando que se transforme em uma ferramenta de dominação ou conflito.

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