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Comitê internacional exige que Equador garanta integridade de Jorge Glas

O ex-vice-mandatário é um “refém político” do governo de Daniel Noboa

Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador (Foto: REUTERS/Daniel Tapia/File Photo)

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Prensa Latina - Um comitê internacional busca devolver o status de asilado ao ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, que permanece em uma prisão de segurança máxima onde a integridade do político está sendo violada.

O coordenador do comitê, Sacha Llorenti, ex-secretário-geral da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA-TCP), declarou ao jornal equatoriano El Universo que a iniciativa surgiu diante da falta de resolução do caso na justiça local.

Ele considerou que o ex-vice-mandatário é um “refém político” do governo de Daniel Noboa, a quem instam a permitir o ingresso na prisão de representantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para verificar o estado de saúde de Glas.

O Estado equatoriano tem responsabilidades assumidas internacionalmente perante o sistema interamericano por ter ratificado o Pacto de San José ou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, apontou Llorenti.

Em sua opinião, o caso do ex-dirigente, sequestrado durante o assalto à embaixada do México em Quito, no passado 5 de abril, pode ser comparado ao do fundador do Wikileaks Julian Assange pelas violações de seus direitos.

“Solicitamos preservar a integridade física e a vida de Jorge Glas, garantir que se devolva a ele o status de asilado, que lhe seja facilitado um salvo-conduto e, enquanto isso, que o Governo de Noboa permita o ingresso de uma missão da CIDH”, insistiu o ex-diplomata boliviano.

Ele rejeitou a negativa de um habeas corpus a favor da transferência de Glas para prisão domiciliar, apesar de que as condições da prisão de La Roca não permitem uma atenção médica adequada.

“É uma pena, mas aparentemente todas as possibilidades de resolver este tema no Equador se fecharam pelo controle institucional que tem o Governo”, acrescentou Llorenti.

O ex-vice-governante, considerado um dos símbolos da perseguição judicial ou “lawfare” no Equador, recebeu temporariamente a liberdade em 28 de novembro de 2022, após a unificação de duas penas de prisão de seis e oito anos pelos casos Odebrecht e Subornos; no entanto, a medida foi revogada.

No início deste ano, a justiça ordenou sua captura por suposto peculato no caso denominado Reconstrução de Manabí, que investiga uma suposta malversação em obras públicas após o terremoto de 2016.

Ele esteve na embaixada do México em Quito desde dezembro de 2023 até 5 de abril deste ano, dia em que policiais invadiram a missão diplomática para capturá-lo por ordem de Noboa.

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