TV 247 logo
      HOME > América Latina

      Congresso chileno aprova reforma do polêmico sistema de previdência

      Ajuste do modelo baseado na capitalização individual dos trabalhadores e regido pelas Administradoras de Fundos de Pensão é demanda social de longa data

      Congresso chileno (Foto: REUTERS/Rodrigo Garrido)
      Guilherme Paladino avatar
      Conteúdo postado por:

      SANTIAGO (Reuters) - O Congresso do Chile aprovou nesta quarta-feira uma reforma do polêmico sistema de previdência privada do país, uma promessa de campanha do presidente esquerdista Gabriel Boric.

      O ajuste do modelo chileno, baseado na capitalização individual dos trabalhadores e regido pelas questionáveis Administradoras de Fundos de Pensão (AFP), é uma demanda social de longa data devido às baixas pensões que oferece.

      Após uma longa sessão, a Câmara dos Deputados deu o aval para o último ajuste da iniciativa, que passou por várias tentativas de reforma nos últimos anos.

      A mudança estabelece o seguro social, propõe um aumento na pensão básica, introduz algumas mudanças nos participantes do setor e oferece compensação por anos de contribuição e gênero.

      Além disso, fixa os fundos para os membros por idade, a partir dos fundos em vigor, por nível de risco, e estabelece ofertas para as carteiras dos membros.

      Nas últimas semanas, o governo chegou a um acordo com a oposição de centro-direita para apoiar o projeto de lei, que prevê um aumento de 7% na contribuição a ser paga pelos empregadores.

      O sistema previdenciário do Chile prometia pagamentos sólidos quando foi introduzido no início da década de 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet.

      O Ministro da Fazenda, Mario Marcel, disse que o ajuste é fiscalmente responsável, tem um projeto financeiro sustentável e mecanismos de revisão regulares, e também ajudaria a melhorar a poupança e o investimento que apoiariam o crescimento econômico.

      Com relação às críticas feitas pelos investidores nas atuais AFPs, a autoridade enfatizou que o ajuste permite que novos participantes entrem no sistema, inclusive empresas estrangeiras.

      O governo reconheceu que a reforma levará à perda de empregos devido ao aumento dos custos de contratação para as empresas, mas argumentou que o impulso que ela dará à poupança doméstica se traduzirá em financiamento de investimentos, o que apoiará o crescimento econômico.

      "Com esse crescimento maior, serão criados empregos para compensar, em grande parte, o efeito negativo que um aumento nos custos trabalhistas inevitavelmente tem por meio da taxa de contribuição sobre a contratação", disse aos deputados.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Relacionados