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      Em declaração conjunta, países da Celac ‘rechaçam medidas coercitivas unilaterais’, em resposta a Trump

      Documento, que não cita os Estados Unidos diretamente, não foi assinado pelos governos de Argentina, Paraguai e Nicarágua

      Cúpula da Celac (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - Os países da Comunidade de Estado Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) afirmaram, em declaração conjunta divulgada nesta quinta-feira (10), que ‘rechaçam ações unilaterais que restringem o comércio internacional’. O documento é uma resposta ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora não o mencione diretamente. As informações são do g1.

      "[Os chefes de Estado e de governo da Celac] declaram rechaçar a imposição de medidas coercitivas unilaterais, contrárias ao direito internacional, incluídas as restritivas ao comércio internacional", diz a declaração, que não foi assinada por Argentina, Nicarágua e Paraguai. O documento foi divulgado em um momento em que o governo norte-americano tem imposto tarifas que provocaram instabilidades no mercado internacional.

      Antes do encontro da Celac, realizado nesta semana em Tegucigalpa, em Honduras, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil afirmou que seria difícil chegar a um consenso sobre o tema durante a reunião. Segundo o Itamaraty, se houvesse menção ao tema, seria, no máximo, um parágrafo.

      Os países da Celac, embora tenham sido taxados, em sua maioria, com 10%, terão impactos distintos com o tarifaço. Países como Brasil e Uruguai, por exemplo, estão buscando negociações com os Estados Unidos, enquanto a Argentina afirmou que vai atender a todos os pedidos de Trump. Além disso, alguns outros países sofreram taxas ainda maiores, entre os quais Venezuela (15%), Nicarágua (18%) e Guiana (38%).

      Durante seu discurso na Cúpula da Celac, o presidente Lula (PT), afirmou que as tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e que a guerra comercial “não tem vencedores”. "Agora, nossa autonomia está novamente em cheque. Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região. Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores", criticou.

      Além de citar as tarifas, a declaração dos países da Celac defendeu a candidatura única da região à Secretaria-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e que a candidata seja uma mulher. O documento não cita quem será a candidata, mas o governo brasileiro fala em nomes como a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet; a atual primeira-ministra da Barbados, Mia Mottley; e a ex-vice-presidente da Costa Rica Rebeca Grynspan. O mandato do atual secretário-geral da ONU, António Guterres, acaba no ano que vem.

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