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    Gás argentino para o Brasil pode passar de 3 milhões de m³ por dia, diz Alexandre Silveira

    Segundo o ministro, hoje, a demanda de gás do Brasil é de cerca de 100 milhões de m³ por dia e o país tem um potencial de incremento da oferta nacional em até 150 milhões de m³/dia

    Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Ricardo Botelho/MME)

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    Sputnik Brasil - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quinta-feira (18) que o fornecimento de gás natural da Argentina para o Brasil pode passar de 3 milhões de m³ por dia, com a conclusão do acordo binacional de importação do combustível da reserva de Vaca Muerta, na Argentina.

    Segundo ele, hoje, a demanda de gás do Brasil é de cerca de 100 milhões de m³ por dia e o país tem um potencial de incremento da oferta nacional em até 150 milhões de m³/dia.

    "Estamos com discussões avançadas com a Argentina para recebermos gás da região de Vaca Muerta e inclusive estive com o presidente do Paraguai nesta semana para ampliar as rotas possíveis. Podem ser mais 3 milhões de m³ por dia vindo da Argentina" disse o ministro no encerramento do evento, que é o maior encontro da indústria de gás natural do Brasil, em Brasília.

    A rota do gás ainda está sendo estudada, mas foi cogitada uma passando pelo Paraguai e outra aproveitando uma parte ociosa do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). A produção nacional de gás natural é de aproximadamente 140 milhões de m³/dia, enquanto a reinjeção (para não queimar o gás) cerca de 73 milhões de m³/dia.

    "Sabemos que a reindustrialização do Brasil representa aumento do PIB, aumento da arrecadação, alívio fiscal, ampliação da infraestrutura, emprego e renda para brasileiras e brasileiros. Vamos aproveitar melhor o gás natural que produzimos aqui. Não dá para ficar reinjetando a metade dessa riqueza tão preciosa para a nossa gente", defendeu o ministro.

    O ministro abordou ainda medidas para o setor de gás natural com potencial para injetar quase R$ 100 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e criar mais de 430 mil empregos.

    Um dos objetivos do ministério, anunciou ele, é reduzir em US$ 7, ou 25%, o preço do gás natural no Brasil.

    Ainda segundo Silveira, o preço do gás natural passou de cerca de US$ 10 (Cerca de R$ 50), em 2019, para quase US$ 16 (cerca de R$ 90) em 2022.

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