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      Grupo de países latino-americanos e caribenhos reafirma compromisso com a paz

      ALBA condena as deportações em massa e o tratamento desumano de migrantes pelo governo dos EUA

      Em reunião do Conselho Político, ALBA defende a paz na região da América Latina e Caribe (Foto: ALBA-TCP-Telesur)
      José Reinaldo avatar
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      247 - A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América e o Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) reafirmaram nesta segunda-feira (31) que a América Latina e o Caribe são uma Zona de Paz.

      "Reafirmamos nosso compromisso com os princípios da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, concebida com base no respeito às normas do direito internacional e aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas", afirmou a organização em nota que inclui os acordos de seu 25º Conselho Político.

      Neste sentido, e ao afirmar que, sob o compromisso de não intervir direta ou indiretamente nos assuntos internos de nenhum Estado, de fomentar uma cultura de paz e de promover o desarmamento nuclear como objetivo prioritário, a ALBA-TCP denuncia e rejeita a criminalização do fenômeno migratório. 

      "As deportações em massa e o tratamento desumano de migrantes pelo governo dos EUA, que é o principal responsável pela migração de milhares de pessoas devido à imposição de medidas coercitivas unilaterais, que geram instabilidade em várias regiões do mundo, exigem uma mudança na política de estados legitimamente livres, soberanos e independentes", afirmou a ALBA-TCP.

      Outro princípio enunciado na declaração do encontro foi a rejeição à política dos EUA de transformar países da América Latina e do Caribe em centros de recepção e detenção de migrantes; bem como a rejeição da manipulação política e midiática que justifica as deportações como solução para a crise migratória, sem ver as verdadeiras causas estruturais do fenômeno.

      Por outro lado, a ALBA-TCP exigiu que o governo dos Estados Unidos mudasse urgente e incondicionalmente sua desumana política hostil em relação a Cuba e exigiu a exclusão imediata de Cuba da lista arbitrária e unilateral de Estados que supostamente patrocinam o terrorismo e intensificam o bloqueio contra a ilha. 

      Eles também exigiram o levantamento imediato das medidas coercitivas unilaterais impostas contra os povos e governos da Nicarágua e da Venezuela, ao mesmo tempo em que repudiaram "as recentes declarações do governo dos EUA sobre suas intenções em território palestino, que legitimam a invasão de Israel, a potência ocupante". 

      “Reafirmamos nosso apoio aos países caribenhos em sua demanda legítima por reparações pelos crimes atrozes da escravidão e do colonialismo, que deixaram cicatrizes profundas em nossas sociedades. A ALBA se junta às vozes dos líderes da CARICOM para expressar firmemente a necessidade de que as antigas potências coloniais assumam sua responsabilidade histórica e reconheçam o impacto duradouro desses crimes para avançar no processo de reparações abrangentes que repararão todos os danos causados”, insistiu a ALBA-TCP.

      Em relação ao Haiti, a ALBA-TCP pediu a reativação de mecanismos de cooperação e solidariedade que restaurem a "estabilidade, a paz, a democracia e o desenvolvimento social e econômico" do país.

      A Aliança comemorou a incorporação do governo de São Cristóvão e Nevis ao Banco ALBA, bem como o Bicentenário do Estado Plurinacional da Bolívia, chamando-o de "um marco transcendental que comemora dois séculos de lutas e conquistas por sua independência".

      Por fim, a organização acrescentou que “diante do ressurgimento da direita extremista e fascista em Nossa América, reafirmamos a necessidade de fortalecer uma visão política estratégica de unidade, baseada na firme determinação de construir um futuro melhor para a humanidade”.

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