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    Lula cobra mais observadores internacionais nas eleições venezuelanas em conversa com Maduro

    Presidentes também comentaram que muitos empresários brasileiros têm demonstrado interesse em voltar a investir e fazer comércio com a Venezuela

    Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

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    247 - O presidente Lula reiterou nesta quarta-feira (5) o apoio brasileiro aos acordos de Barbados e ressaltou a importância de contar com ampla presença de observadores internacionais nas eleições de 28 de julho na Venezuela, durante uma conversa telefônica com o presidente Nicolás Maduro. 

    Na conversa, Lula também manifestou a expectativa de que as sanções em vigor contra a Venezuela possam ser levantadas, de modo a contribuir para que o processo eleitoral possa seguir adiante em clima de confiança e entendimento, conforme comunicado do Palácio do Planalto. 

    A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a Comunidade do Caribe (Caricom), e um painel de especialistas das Nações Unidas, além da União Africana e do Centro Carter, entre outros, participarão como observadores, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano.

    No entanto, Caracas revogou no mês passado seu convite para que a União Europeia envie observadores eleitorais ao pleito presidencial marcado para julho. O presidente Nicolás Maduro, do partido Socialista, buscará seu terceiro mandato, enquanto o ex-embaixador Edmundo Gonzalez se candidatou em nome de uma grande coalizão de oposição.

    Da sua parte, Washington anunciou que não renovaria a Licença Geral 44 da Venezuela, que proporciona alívio das sanções dos EUA para operações do setor de petróleo e gás na Venezuela, devido às preocupações da administração Biden relacionadas com as eleições no país latino-americano.

    O Departamento do Tesouro dos EUA emitiu a Licença Geral 44 em outubro de 2023 para autorizar transações envolvendo o setor de petróleo e gás da Venezuela por seis meses, mas a administração Biden alertou repetidamente que deixaria a licença expirar em 18 de abril se determinasse que o presidente venezuelano Nicolás Maduro estava impedindo eleições livres e justas no país.

    Para além das eleições - Sobre o relacionamento bilateral, os presidentes comentaram que muitos empresários brasileiros têm demonstrado interesse em voltar a investir e fazer comércio com a Venezuela. Lula lembrou que esse intercâmbio é especialmente importante para Roraima e Amazonas. Eles também discutiram o início de tratativas para a celebração de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e a renegociação da dívida bilateral.

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