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    Macron mantém oposição ao acordo Mercosul-UE: “inaceitável"

    Presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen chegou ao Uruguai com o objetivo de finalizar o acordo comercial há muito aguardado

    Presidente da França, Emmanuel Macron, participa de encontro do G20 no Rio de Janeiro 19/11/2024 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

    247 - O presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou nesta quinta-feira (5) sua oposição ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, mesmo diante de sinais positivos por parte de líderes de ambos os blocos. 

    "Continuaremos a defender incansavelmente nossa soberania agrícola", disse a presidência francesa nas redes sociais. De acordo com o Palácio do Eliseu, Macron "reiterou" à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que o projeto de acordo comercial entre os blocos regionais era "inaceitável como está". 

    Mais cedo nesta quinta-feira, Von der Leyen, chegou ao Uruguai com o objetivo de finalizar o acordo comercial há muito aguardado. "A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está no horizonte. Vamos trabalhar, vamos cruzá-la. A maior parceria de comércio e investimento que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas", disse von der Leyen em uma publicação no X.

    O governo brasileiro também fez sinalizações pró-acordo. No X, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, deu as boas-vindas a Von der Leyen à região e afirmou que "Mercosul e União Europeia nunca estiveram tão próximos".

    Os países do Mercosul se reunirão em Montevidéu nesta quinta-feira, em meio a sinais de que o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai usará o evento para anunciar a conclusão do acordo comercial, que seria o maior fechado pela UE em termos de redução de tarifas. No entanto, Von der Leyen, que está no início de seu segundo mandato, enfrenta oposição ao acordo dentro do bloco europeu, não apenas da França. 

    Mais cedo, a Reuters informou, citando fontes diplomáticas francesas, que Paris acredita que a Comissão Europeia está correndo um risco ao finalizar um acordo comercial com o Mercosul diante das reservas de vários países da UE.

    "A Comissão está assumindo uma responsabilidade e um risco, porque o conteúdo final do acordo negociado não foi apresentado a nenhum Estado membro, o que terá que ser feito", disse uma fonte diplomática francesa.

    "A decisão de assinar pertence aos Estados membros no conselho (da UE), portanto, não é o fim da história", disse a fonte, acrescentando que outros países do bloco europeu haviam expressado reservas sobre as regras agrícolas.

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