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    Maduro compara crise no Brasil após vitória de Lula à situação na Venezuela e pede respeito às instituições de Caracas

    "Se é assim por lá, que também seja por aqui", afirmou Maduro ao pedir respeito ao processo eleitoral venezuelano após críticas de Lula

    Nicolás Maduro e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (19), em entrevista ao canal Venezolana de Televisión, que a crise política no Brasil após a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022 serve de exemplo para a necessidade regional de respeito à institucionalidade e à justiça. Maduro comparou o cenário venezuelano ao ocorrido no Brasil, citando a tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro e destacando a importância de manter a ordem constitucional.

    "Após as eleições vencidas por Lula, Bolsonaro, extremista de direita, se negou a reocnhecer, e tratou de sabotar o processo. O processo foi ao tribunal máximo de justiça do Brasil, que validou a vitória do presidente Lula. Pronto, respeito. Depois, Bolsonaro foi para Miami, ouviram, de onde dirigiu um golpe de Estado em Brasília em 8 de janeiro, quando invadiram os edifícios do poder público do Brasil", afirmou Maduro.

    "Por trás disso estava o Bolsonaro. Nós saímos em público para condenar essa tentativa de golpe. Então, temos que respeitar os tribunais supremos e a institucionalidade de países grandes, como México e Brasil, que garantiram a institucionalidade. E se é assim por lá, que também seja por aqui. Constituição, lei, ordem e justiça”, afirmou. 

    A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e no dia seguinte o Conselho Nacional Eleitoral declarou Nicolás Maduro como presidente eleito para o período de 2025-2031, com 51% dos votos recebidos. Na segunda-feira, 29 de julho, protestos eclodiram na Venezuela, resultando em confrontos entre policiais e manifestantes em Caracas. Estes últimos começaram a atirar pedras e coquetéis molotov contra os oficiais de segurança. De acordo com a Procuradoria-Geral, 77 agentes de segurança ficaram feridos e 1.062 pessoas foram detidas por envolvimento na destruição de infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo. O governo venezuelano declarou que vários países estavam interferindo nas eleições e no direito do povo à autodeterminação.

    O presidente brasileiro defendeu que seja estabelecido um governo de coalização no país vizinho, com participação da oposição, ou ainda, que novas eleições sejam convocadas, o que foi rejeitado pelos setores governistas e de oposição. 

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