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    Maduro deve apresentar hoje atas eleitorais à Justiça da Venezuela, mas impasse persistirá por falta de documentos

    Presidente alerta que oposição esconde dados para articular um golpe. Comunidade internacional reclama da demora do CNE em divulgar atas desagregadas

    Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

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    247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já assegurou que irá entregar nesta sexta-feira (9), ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país, as atas eleitorais das eleições de 28 de julho, que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ele venceu. No entanto, o opositor Edmundo Gonzalez reivindicou vitória, se autoproclamando presidente, e não apresentou as atas em posse da oposição ao TSJ no prazo estabelecido. 

    O CNE disse na segunda-feira (5) que havia disponibilizado as atas eleitorais à Justiça, e a Corte aceitou um pedido de Maduro para que analisasse o resultado anunciado pelo poder eleitoral. O TSJ tem um prazo de 15 dias, que pode ser prorrogado, mas com a ausência das atas que supostamente comprovam a vitória de Gonzalez, o proceso pode ser complicado.

    Maduro prometeu entregar 100 por cento das atas que estão em seu poder. Enquanto isso, Gonzalez exige a publicação das atas eleitorais em posse do CNE. O governo brasileiro defendeu nesta quinta-feira (9), em nota conjunta com o México e a Colômbia, que o órgão divulgue as atas eleitorais desagregadas, que ainda não foram publicadas e não têm um prazo estabelecido. O governo dos EUA se antecipou, declarando, através do secretário de Estado Antony Blinken, que as atas comprovam a vitória de Gonzalez, antes mesmo dos documentos desagregados. Ao todo, o Judiciário vai analisar mais de 30.000 mesas de votação.

    Analistas têm alertado que o processo de formalização e reconhecimento internacional do governo tende a se prolongar à medida que a oposição e o CNE venezuelana escondem seus dados.

    Na esteira, o presidente Nicolás Maduro classificou em um ato político recente que Gonzalez é um "criminoso" e agora dirige os comandos da oposição pelas redes sociais, gestando um "golpe de Estado". 

    Diante da ausência das atas desagregadas de votação, por parte do governo de Nicolás Maduro e do CNE, e dos dados que supostamente demonstram vitória da oposição venezuelana, o governo brasileiro declarou que considera que ainda não é possível reconhecer um lado vencedor nas eleições. 

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