Ministra das Relações Exteriores da Argentina vem ao Brasil em 1ª agenda entre governo Milei e Lula
Diana Mondino terá encontro com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Agenda também inclui um encontro com empresários em São Paulo
Sputnik Brasil - Após quase cinco meses do início do governo do presidente Javier Milei, a Argentina terá a primeira agenda com o Brasil na próxima segunda-feira (15). Na ocasião, a ministra das Relações Exteriores Diana Mondino estará em Brasília para encontro com o homólogo Mauro Vieira, no Palácio do Itamaraty.
Mondino chegará no país ainda no domingo (14) e a agenda também inclui um encontro com empresários em São Paulo. A medida acontece em meio a uma tentativa de aproximação entre os governos Lula e Milei após um início conturbado por conta dos ataques do presidente argentino durante as eleições no país, que tem no Brasil o seu principal parceiro comercial.
Em fevereiro, Mondino esteve no Rio de Janeiro para o encontro de chanceleres do G20, quando se encontrou com Vieira, mas na época o objetivo era representar o país na reunião de ministros.
Além de abordarem temas da América Latina, o encontro deve contar com assuntos gerais da relação entre os dois países, eleições na Venezuela, além da crise diplomática entre México e Equador e interesses do Mercosul.
O governo Lula chegou a enviar uma comitiva com representantes técnicos a Buenos Aires para discutirem uma possível parceria na área da segurança pública e combate ao narcotráfico. Na ocasião, o grupo foi liderado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.
ARGENTINA E O AFASTAMENTO DA AMÉRICA LATINA - Nos últimos meses, as relações entre a Argentina e a América Latina foi marcada por tensões e afastamento. No fim de março, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chegou a acusar Milei de de ter planos de destruir o projeto de integração latino-americana, principalmente depois que as relações diplomáticas entre as duas nações ficaram tensas devido às divergências entre as lideranças.
Desde a sua posse, Milei parece estar, pelo que apontaram especialistas em diversas análises trazidas pela Sputnik Brasil, fazendo um jogo de comportamento "vira-latista", seguindo uma lógica de domínio aplaudida apenas pelos Estados Unidos.
Entre as situações criadas pelo presidente argentino, estão as proibições e cobranças indevidas de alunos brasileiros que cursam medicina no país e até um possível envio de recursos pela Argentina para a Ucrânia, feito inédito entre os países latino-americanos. Outros gestos que vão nesse sentido são "apoiar" decisões de Israel na Faixa de Gaza e fazer viagens que o liguem aos interesses dos Estados Unidos.
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