Movimentação semelhante à que Milei irá fazer com Bolsonaro fez com que Espanha retirasse seu embaixador da Argentina
Extremista ignora o encontro do Mercosul e irá fazer uma agenda com Bolsonaro em Santa Catarina, repetindo o que fez na Espanha, quando disparou vários ataques à esposa de Sànchez
Por Laís Gouveia, 247 - O encontro do presidente argentino Javier Milei com Jair Bolsonaro, previsto para este sábado (6) durante a Conferência Política de Ação Conservadora (Cpac), em Balneário Camboriú (SC), reduto bolsonarista, vai ter como principais pautas o avanço da direita globalmente, com destaque para as eleições no Parlamento Europeu, na França e a expectativa com a corrida pela Casa Branca.
Milei não participará de uma cúpula do Mercosul prevista para acontecer nesta semana na capital paraguaia, Assunção.
O encontro de Milei com Bolsonaro para exaltar a união da extrema direita mundial não é algo inédito. Recentemente, ele participou de um encontro na Espanha com o partido mais reacionário do País, o Vox, e dentro do próprio território espanhol disparou diversos ataques à esposa do presidente Pedro Sanches, chamando-a de corrupta.
A afronta foi tamanha que culminou em um gesto forte de Sanchez: O governo espanhol chamou de volta ao país a representante da nação europeia em Buenos Aires, na Argentina, para consultas.
Na diplomacia, quando um país convoca de volta seu representante em outra nação é um sinal de que as relações entre os dois países foram seriamente afetadas.
O chanceler espanhol, José Manuel Albares, afirmou que a acusação de Milei ultrapassou qualquer diferença política ou ideológica. Até o momento, as relações entre os países não foram normalizadas.
E o encontro entrei Milei e Bolsonaro no Brasil promete uma "chuva" de afrontas: De acordo com Malu Gaspar, no O Globo, assessores de Bolsonaro que estão organizando o encontro dizem que o brasileiro também quer falar da “falta de liberdade de expressão no Brasil”, ou seja, o STF será um dos focos principais, além de Lula, claro.
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