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      Na contramão de Bolsonaro, Milei defende versão argentina da Lei da Ficha Limpa

      Aliados de Bolsonaro iniciaram uma campanha para reduzir o tempo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos

      Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa em evento, em Montevidéu, no Uruguai - 06/12/2024 (Foto: REUTERS/Mariana Greif)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Na contramão do que a extrema-direita brasileira vem defendendo, o presidente da Argentina, Javier Milei, defende a criação de uma versão argentina da Lei da Ficha Limpa, informa O Globo. Nos últimos dias, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma campanha para reduzir o tempo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos.

      Em vigor no Brasil desde 2010, a Lei da Ficha Limpa endureceu as regras de inelegibilidade para candidatos com condenações judiciais, estabelecendo, entre outras determinações, um prazo de oito anos de inelegibilidade após a condenação. Essa medida foi criticada por Bolsonaro em um vídeo publicado nas redes sociais, onde ele sugeriu que o prazo de inelegibilidade deveria ser reduzido para dois anos.

      A proposta tem como principal objetivo permitir que o ex-presidente possa disputar as eleições de 2026, após ser declarado inelegível em 2022. Em suas palavras, Bolsonaro afirmou: “Acho que está explicado, estamos trabalhando para esse limite de inelegibilidade. Aí, sim, eu poderia disputar as eleições em 26. E você vai decidir se vai votar em mim ou não”.

      A publicação de Bolsonaro foi rapidamente corrigida por uma nota da comunidade no X (anteriormente Twitter), que, com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ressaltou que a Lei da Ficha Limpa já barrou tanto políticos da esquerda quanto da direita, incluindo figuras como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Anthony Garotinho.

      Na Argentina, a legislação da Ficha Limpa está ganhando força, com a aprovação de uma medida similar pelo Congresso do país. O projeto de lei de Milei visa barrar a candidatura de políticos condenados em segunda instância por corrupção, mas tem como principal alvo a ex-presidente Cristina Kirchner.

      Cristina foi condenada no ano passado por um esquema de corrupção envolvendo o empresário Lázaro Báez e o desvio de fundos públicos em Santa Cruz. Para entrar em vigor, a medida ainda precisa passar pelo Senado.

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