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    Oposição da Venezuela diz que governo Maduro cortou energia na embaixada da Argentina e intensifica conflito diplomático

    Local teria sido cercado, após o núcleo duro do governo de extrema-direita de Javier Milei incentivar um cerco à embaixada da Venezuela em Buenos Aires

    Nicolás Maduro e Javier Milei (Foto: Reuters)

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    247 - A corrente elétrica foi interrompida na embaixada da Argentina em Caracas, Venezuela, nesta terça-feira (30), informou a agência ANSA. A sede diplomática abrigava seis representantes da oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro há várias semanas. 

    "Cortaram a luz na sede da Embaixada da Argentina em Caracas. Chega de intimidações e perseguições", declarou a campanha de María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que se declarou vitorioso no pleito de domingo (28). 

    Na noite anterior, a embaixada já havia sido cercada pela polícia. Ao mesmo tempo, o governo venezuelano anunciou a expulsão de diplomatas de sete países latino-americanos, incluindo da Argentina. Esse movimento ocorre em meio a um cenário de crescente tensão política no país.

    Após as eleições presidenciais de domingo, em que Nicolás Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), manifestantes tentaram invadir a embaixada da Argentina em Caracas. Segundo Alexey Volotskov, membro da delegação de observadores russos, "um grande número, mais de cem manifestantes, tentaram invadir a embaixada porque havia ativistas da oposição lá, que eles queriam ver, provavelmente. O fluxo foi em direção à embaixada da Argentina. A situação se estabilizou há cerca de uma hora — não se ouvem gritos, slogans, batidas de panelas, que eram muito altas. Era possível ouvir pessoas se reunindo, buzinando e tentando puxar outras pessoas junto com elas."

    Os protestos começaram em Caracas na segunda-feira, após o anúncio dos resultados das eleições, com confrontos entre a polícia e os manifestantes. O governo venezuelano acusou vários países de interferirem nas eleições e no direito do povo à autodeterminação. Caracas também expressou preocupações de que as autoridades argentinas poderiam ameaçar invadir sua embaixada em Buenos Aires, onde ocorreu a votação para a eleição presidencial venezuelana.

    O vice-ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Rander Pena Ramirez, afirmou: "Denunciamos o governo de @JMilei que, em meio ao seu desespero, ameaça invadir a embaixada da Vzla na Argentina, constituindo uma violação da Convenção de Viena. Responsabilizamos Milei pela integridade física de nossa equipe diplomática. NÃO TOLERAMOS QUALQUER AMEAÇA."

    Essa declaração foi uma resposta a uma foto publicada pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, que mostrava uma multidão em frente à embaixada venezuelana. A foto, acompanhada pela legenda "Estamos na embaixada venezuelana, aguardando os resultados junto com centenas de pessoas", também incluía a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino. O ministro da Defesa, Luis Petri, também esteve presente na embaixada venezuelana anteriormente. (Com agências). 

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