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    Oposição venezuelana denuncia irregularidades e perseguições políticas durante eleições

    Caso Nicolás Maduro vença, a tendência é que a oposição não reconheça os resultados

    (Foto: Reuters)

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    247 – Durante a jornada eleitoral venezuelana, a oposição denunciou várias irregularidades e casos de perseguição política. A Sala de Monitoramento de Graves Violações de Direitos Humanos, ligada à campanha de Edmundo González Urrutia, relatou 78 casos de perseguição política, 26 incidentes de detenções arbitrárias, 3 desaparecimentos forçados, 8 casos de ameaças e 40 situações de intimidação, segundo reportagem do Infobae.

    As informações foram divulgadas em um boletim nas redes sociais da Sala de Monitoramento. Além disso, os três representantes da oposição junto à Junta Nacional Eleitoral (JNE) informaram sobre impedimentos para acessar a sede da instituição. Delsa Solórzano, ex-deputada e uma das representantes, afirmou que a ausência física na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dificultava o encaminhamento em tempo real das denúncias.

    Solórzano ressaltou a determinação da oposição em superar esses obstáculos e comemorou a alta participação popular nas eleições. A ex-deputada mencionou que "todas as incidências foram devidamente reportadas" ao CNE, apesar das dificuldades.

    Durante o dia, houve relatos de longas filas nos centros eleitorais, principalmente pela manhã. Alguns locais enfrentaram problemas técnicos nas máquinas de votação, mas, segundo as autoridades, esses incidentes foram isolados. Rafael Becerra, um eleitor de Caracas, esperou mais de cinco horas para votar, mas manteve-se firme em seu propósito.

    A participação eleitoral foi notavelmente alta, com muitos eleitores motivados por um desejo de mudança. Mirla Contreras, uma jovem de 26 anos, destacou que esta eleição teve maior mobilização em comparação com as anteriores. Ela sublinhou a importância do voto como meio para buscar mudanças ou defender convicções.

    Os candidatos à presidência, incluindo Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia, já haviam votado antes do encerramento das urnas. Autoridades e comandos de campanha elogiaram o caráter pacífico e cívico da jornada eleitoral, que contou com a participação de mais de 21 milhões de venezuelanos.

    O CNE deve divulgar um primeiro boletim oficial na noite deste domingo, e a divulgação de resultados ou projeções antes disso é proibida. No entanto, muitos relatórios circulam nas redes sociais.

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