Petro exige que EUA e Europa cumpram mandado de prisão do TPI contra Netanyahu
Gabinete do primeiro-ministro israelense criticou o Tribunal Penal Internacional, acusando-o de parcialidade e antissemitismo
247 - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta quinta-feira (21) aos Estados Unidos e à Europa Ocidental que implementem os mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, descrevendo a medida como "lógica", informou a Sputnik.
Mais cedo, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant, acusando-os de crimes de guerra relacionados às ações militares em andamento na Faixa de Gaza. O tribunal rejeitou a contestação de Israel sobre sua jurisdição em relação aos mandados, bem como sua autoridade para examinar a situação mais ampla na Palestina.
"A decisão do TPI é totalmente lógica. Netanyahu representa genocídio, conforme declarado pelo tribunal internacional. Se o presidente [dos EUA] [Joe] Biden ignorar isso, ele empurrará o mundo para a barbárie. A Europa Ocidental deve restaurar sua independência na política internacional e seguir a decisão do tribunal", disse Petro no X.
Em maio, o promotor-chefe do TPI, Karim Khan, anunciou que estava solicitando mandados de prisão contra os dois oficiais israelenses, citando sua responsabilidade por crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante as operações militares de Israel em Gaza, iniciadas em outubro de 2023.
O gabinete do primeiro-ministro israelense criticou o TPI, acusando-o de parcialidade e antissemitismo, e defendeu a operação em Gaza como uma resposta legítima ao ataque de 7 de outubro, descrito por Israel como "o maior massacre do povo judeu desde o Holocausto".
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes vindo da Faixa de Gaza. Além disso, combatentes do movimento palestino Hamas infiltraram-se nas áreas fronteiriças, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. As autoridades israelenses afirmam que cerca de 1.200 pessoas foram mortas durante o ataque. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel lançaram a Operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza e anunciaram um bloqueio completo do enclave. Segundo autoridades de saúde locais, o número de mortos devido aos ataques israelenses ultrapassou 44.000 na Faixa de Gaza.
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