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      PF avalia extradição de foragidos do 8 de Janeiro na Argentina sem acionar Interpol​

      Polícia Federal considera contato direto com autoridades argentinas para evitar exposição internacional e preservar relações diplomáticas​

      Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A Polícia Federal (PF) prepara uma nova ofensiva para capturar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 que estão foragidos na Argentina, incluindo Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.​

      Investigadores da PF, neste momento, consideram duas possibilidades: acionar diretamente a Interpol ou retomar o contato com as autoridades argentinas. Apesar de existir um acordo de cooperação jurídica entre Brasil e Argentina que permite a captura de foragidos, a PF ainda não descarta a possibilidade de envolver a organização internacional. Uma lista de nomes está sendo preparada para ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), visando à emissão das respectivas ordens de prisão.​

      O entendimento predominante na corporação é de que o contato direto com as autoridades argentinas, como ocorreu em novembro do ano passado, quando a Justiça do país vizinho ordenou a prisão de 61 brasileiros, é o caminho mais prudente. Essa via diplomática seria conduzida por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.​

      Desde que foram expedidas as ordens de prisão à polícia argentina, no ano passado, alguns dos alvos continuam foragidos. Parte deles solicitou refúgio ao governo de Javier Milei. A PF também trabalha com a hipótese de que alguns dos investigados tenham deixado a Argentina, e, por isso, conta com o apoio de outros países e do trabalho investigativo da Interpol, ainda que sem pedidos formais de detenção até o momento.​

      Léo Índio possui um documento que lhe garante estadia provisória na Argentina até 4 de junho. No entanto, esse status não representa, em tese, uma proteção automática contra extradição — como ocorreria no caso de concessão formal de asilo político, já solicitado por ele ao governo Milei.​

      A PF teme criar um mal-estar com o governo argentino e quer evitar a exposição desnecessária do caso. Por isso, a corporação avalia cuidadosamente os próximos passos para garantir a prisão dos foragidos e a manutenção das relações diplomáticas entre os dois países.​

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