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Polícia argentina reprime aposentados e pensionistas

Um manifestante diz que o regime de Milei se assemelha à ditadura do general Videla

Javier Milei e repressão policial na Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

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Prensa Latina - A Polícia Argentina reprimiu nesta quarta-feira (28) com cassetetes e gás lacrimogêneo aposentados e pensionistas que denunciaram ao Congresso a intenção do presidente Javier Milei de vetar uma lei sobre pensões e aposentadorias.

Segundo o canal de televisão C5N, várias pessoas sofreram ferimentos, incluindo uma cuja cabeça teve de ser enfaixada. 

Tenho 75 anos e me reprimiram. Eles jogaram um colega com mais de 80 anos no chão. Estamos quase iguais a Videla (Jorge Rafael, militar e ditador), declarou um manifestante.  

Não é suficiente para nós vivermos. Querem matar os velhos porque, para eles, não servimos para nada, mas fizemos a Argentina grande. Milei diz que para nós não há dinheiro, mas para os ricos existe. Ele é um traidor e desiste da nossa nação, disse outro cidadão.

A manifestação em torno da sede do Poder Legislativo começou por volta das 15h, horário local, e os participantes planejavam marchar até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada. 

“O aumento ao qual o governo se opõe é muito pequeno, são 17 mil pesos (cerca de 17 dólares), o que não resolve os problemas que temos. Porém, é preciso evitar que seja vetado”, comentou Marcos Wolman, membro da Mesa Coordenadora das Organizações de Aposentados e Pensionistas. 

O Governo está a desfinanciar o sistema de pensões. O seu plano é privatizar e estabelecer um modelo que falhou na década de 1990, acrescentou.

Entre os grupos que apoiam o protesto estão o Encontro de Aposentados e Assembleias de Bairro, a Frente Grande, o Independientes e a Associação dos Trabalhadores do Estado.

Recentemente, Milei confirmou que vetará uma nova lei de mobilidade de aposentados, aprovada pelo Senado em sessão que representou um retrocesso para o governo. 

A norma propõe uma actualização mensal dos ativos com base no Índice de Preços no Consumidor (IPC) e inclui uma compensação extra de 8,1 por cento para Janeiro com o objectivo de que as pessoas possam equiparar o seu rendimento a 20,6 por cento da inflação desse mês, em que o Executivo concedeu apenas um aumento de 12,5.

Da mesma forma, prevê que a aposentadoria mínima não deve ser inferior ao valor de uma cesta básica para idosos e que a fórmula não pode estar atrelada apenas ao IPC, mas deve levar em conta os salários.

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