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    Polícia Federal argentina bloqueia acesso à Universidade das Mães da Praça de Maio

    Em comunicado, as Mães da Praça de Maio informam que “o governo criminoso de Javier Milei” proíbe através da polícia a entrada na Universidade

    UNMA (Foto: Logomarca-divulgação )

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    Prensa Latina - A associação Mães da Praça de Maio denunciou nesta segunda-feira (2) que a Polícia Federal argentina impede o acesso dos trabalhadores à sua universidade e solicitou o apoio de organizações locais e internacionais em resposta a esta decisão do governo.

    Em comunicado, as Mães da Praça de Maio informam que “o governo criminoso de Javier Milei” proíbe através da polícia a entrada naquele centro de ensino superior.

    Além disso, destacou que a medida viola a autonomia universitária e busca criminalizar professores e funcionários não docentes.

    “Convocamos toda a comunidade da Universidade Nacional Madres de Plaza de Mayo (UNMA), os sindicatos, organizações sociais e partidos políticos, a se mobilizarem”, diz a nota. 

    Criada por Hebe de Bonafini (1928-2022) com o objetivo de difundir o conhecimento como ferramenta de transformação, a UNMA conquistou a autonomia e o financiamento público necessário em 2023, após uma votação de deputados e senadores. 

    Nos últimos tempos, os seus professores e alunos condenaram a retirada de fundos, o desconhecimento das autoridades eleitas e a nomeação de um auditor pelo governo. 

    O professor de História Demetrio Iramain, destacou que isso é um ultraje e uma interferência. 

    É uma intervenção de fato do governo que utiliza a figura do reitor organizador, apesar de já terem sido seleccionados os docentes e trabalhadores não docentes da UNMA. Eles querem ignorar tudo isso, explicou ele. 

    Desde que se tornou conhecida a intenção de intervir na universidade, vários grupos sociais e sindicais deste e de outros países denunciaram este fato e foram interpostos vários recursos judiciais para travar a medida.

    A UNMA conta com 2.300 alunos, 190 professores e 90 funcionários não docentes, que decidiram permanecer em estado de alerta e mobilização permanente.

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