Premiê espanhol recebe Edmundo González em Madri enquanto é pressionado a reconhecer vitória declarada do opositor venezuelano
O ex-candidato da Venezuela se autoproclamou presidente do país e se recusou a reconhecer o presidente Nicolás Maduro como vencedor da eleição
247 - O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, encontrou-se nesta quinta-feira (12) com o líder da oposição venezuelana e ex-candidato, Edmundo González, em Madri, um dia depois que a câmara baixa do Parlamento espanhol votou pelo reconhecimento de González como o vencedor da eleição presidencial de julho.
González, de 75 anos refugiou-se na Espanha no domingo, enquanto Sánchez visitava a China. Ele temia perseguições do governo de Nicolás Maduro, que foi declarado eleito para um terceiro mandato pela Justiça do país sul-americano.
"Dou calorosas boas-vindas em nosso país a Edmundo González, a quem recebemos mostrando-lhe o compromisso humanitário e a solidariedade da Espanha com os venezuelanos", publicou Sánchez na plataforma de mídia social X. A postagem foi citada pela agência Reuters.
A postagem mostra um vídeo dos dois e da filha de González passeando nos jardins do Palácio Moncloa, a residência oficial do primeiro-ministro.
A oposição venezuelana publicou as contagens de votos da eleição de julho e disse que González obteve uma vitória retumbante, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral declarou o presidente Nicolás Maduro como vencedor. Maduro tem contestado as críticas internacionais, considerando-as um complô da extrema-direita.
Na quarta-feira, a câmara baixa da Espanha aprovou uma moção instando o governo a reconhecer González como presidente eleito, uma medida simbólica que Sánchez disse que seu governo minoritário liderado pelos socialistas ignoraria e se alinharia com a União Europeia sobre a questão.
Em resposta, o Parlamento venezuelano pediu ao governo que cortasse os laços diplomáticos já instáveis com a Espanha depois que a moção foi aprovada.
Sánchez disse que a Espanha continuaria exigindo a divulgação das atas detalhadas da votação na presença de um mediador da UE, embora ainda não reconhecesse Maduro ou González como vencedor. (Com informações da Reuters).
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