Procuradoria do Peru pede 36 meses de prisão preventiva para ex-executivo da Odebrecht
Ex-executivo é considerado peça-chave das investigações e julgamentos de corrupção em andamento, como o contra a ex-candidata presidencial Keiko Fujimori
LIMA (Reuters) - A Procuradoria do Peru pediu nesta quarta-feira 36 meses de prisão preventiva para um ex-executivo da construtora brasileira Odebrecht, agora chamada Novonor, por uma investigação de suposta corrupção que implica o ex-presidente Ollanta Humala.
O Ministério Público disse em um comunicado que o ex-diretor da Odebrecht Jorge Barata foi incluído no caso “Gasoduto Sul Peruano”, uma obra que foi concedida em 2014 à empresa brasileira e que foi cancelada anos depois, sem ser concluída, em meio a investigações sobre supostos subornos no projeto. O ex-diretor está morando no Brasil desde 2016.
Na semana passada, a promotoria informou que anulou um acordo de colaboração que Barata tinha com a Justiça, em troca de isenção por uma condenação, por não ter cumprido seu compromisso de prestar depoimento no julgamento do ex-presidente Humala.
O advogado do ex-executivo no Peru não estava disponível para comentar a decisão da procuradoria, mas havia dito dias antes que seu cliente estava disposto a colaborar com a Justiça.
O ex-executivo é considerado peça-chave das investigações e julgamentos de corrupção em andamento, como o contra a ex-candidata presidencial e uma das líderes da oposição Keiko Fujimori, no qual a procuradoria solicita 30 anos de prisão.
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