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Novonor aceita termos do governo e fecha novo acordo de leniência no âmbito da Lava Jato

Novonor, antiga Odebrecht, era a única das sete empresas que negociavam com a CGU que ainda estava fora do novo acordo

Odebrecht (Foto: Guadapule Pardo / Reuters)

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247 - A Novonor, antiga Odebrecht, decidiu retirar as ressalvas feitas ao governo para firmar um novo acordo de leniência no âmbito da Lava Jato. Com isso, a empresa agora está apta a obter abatimentos na multa e a participar da última etapa da repactuação, que incluirá a discussão das condições de parcelamento. 

Segundo a coluna da jornalista Renata Agostini, do jornal O Globo, a empresa baiana era a única das sete que negociavam com a Controladoria-Geral da União (CGU) a ficar fora do acordo. Agora, todas estão aptas a continuar nas negociações: Novonor, Andrade Gutierrez, UTC, Braskem, CCCC (antiga Camargo Corrêa), Nova Participações (antiga Engevix) e Metha (antiga OAS).

A antiga Odebrecht é a empreiteira que mais deve à CGU. Dos cerca de R$ 2,7 bilhões prometidos pela companhia ao governo quando firmou sua leniência em 2018, apenas R$ 171 milhões foram pagos até o momento.

O acordo anunciado na quinta-feira (27) pela CGU e pela Advocacia-Geral da União (AGU) permite que as empresas possam reduzir suas dívidas em até 50%. No total, o governo vai abrir mão de receber cerca de R$ 6 bilhões em desembolsos das sete companhias nos próximos anos, considerando os valores atualizados.

Segundo fontes do governo ouvidas pela reportagem, embora tenha manifestado interesse em repactuar sua leniência, a Novonor vinha mantendo questionamentos à proposta da CGU que, na prática, representavam discordância com os termos oferecidos. A companhia questionava não apenas a redução final na multa, mas também o índice de correção que seria aplicado.

A CGU e a AGU decidiram prosseguir apenas com a repactuação das empresas que aceitassem "expressamente" os termos da oferta feita pelo governo. Procurada para comentar, a Novonor preferiu não se manifestar.

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