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    Protesto em Buenos Aires denuncia aumento da pobreza sob governo Milei

    Protesto ocorre após divulgação de um relatório alarmante que revelou que mais da metade da população vive na pobreza e 1 em cada 5 argentinos é indigente

    Protestos em Buenos Aires (Foto: Rolando Andrade / Prensa SiPreBA)

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    247 - Milhares de argentinos se reuniram hoje na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para protestar contra o aumento da pobreza e da indigência no país desde que Javier Milei assumiu a presidência. A manifestação foi liderada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e outras organizações sociais, coincidindo com a celebração de São Caetano, o santo padroeiro do trabalho.

    O protesto ocorre após a divulgação de um relatório alarmante da Universidade Católica Argentina (UCA), que revelou que mais da metade da população argentina vive na pobreza e um em cada cinco argentinos é indigente. De acordo com a UCA, 55,9% dos argentinos são pobres e 20,3% vivem em extrema pobreza. Estes números são os mais altos dos últimos 20 anos e refletem os impactos das políticas econômicas de Milei.

    CRISE ECONÔMICA SE AGRAVA - Os dados do relatório da UCA, baseados na Pesquisa Permanente de Domicílios do Instituto de Estatísticas e Censos (Indec), mostram que a crise econômica do país está em queda livre. A pobreza aumentou quase 11 pontos percentuais em relação ao último trimestre de 2023, quando 45,2% da população vivia nessa condição. A indigência, por sua vez, subiu de 14,6% para 20,3% no mesmo período.

    A cidade de Resistencia, na província de Chaco, é a mais afetada pela pobreza, com 79,5% de seus habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza e 38,6% em extrema pobreza. Em contraste, a cidade de Buenos Aires apresenta os menores índices de pobreza (25,5%) e indigência (8,5%), apesar de ter um PIB per capita comparável ao de um país europeu.

    PROTESTOS E CRÍTICAS AO GOVERNO - Durante a manifestação, líderes da CGT e outros setores da oposição fizeram discursos inflamados contra a administração de Javier Milei, acusando-o de promover o "extermínio social" através de suas políticas econômicas. Héctor Daer e Pablo Moyano, secretários gerais da CGT, estavam entre os principais oradores, acompanhados por outros sindicalistas e autoridades locais.

    O Movimento Evita, a Corriente Clasista y Combativa, Barrios de Pie e Libres del Sur foram algumas das organizações presentes no protesto. Líderes do grupo kirchnerista La Cámpora, como o senador Eduardo "Wado" de Pedro e Lucía Cámpora, também marcaram presença.

    [Com informações da Rede Argentina] 

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