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    Protestos contra reeleição de Maduro deixam ao menos sete mortos na Venezuela

    Outras 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país, segundo o grupo de direitos humanos Foro Penal

    Uma manifestante reage quando coquetéis molotov atingem o chão em frente às forças de segurança durante os protestos contra os resultados das eleições, após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu rival da oposição, Edmundo Gonzalez, reivindicarem a vitória na eleição presidencial de domingo, em Puerto La Cruz, Venezuela (Foto: REUTERS/Samir Aponte)

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    247 - Sete pessoas morreram durante os protestos na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, diz a RTP, citando que as mortes foram confirmadas por fontes independentes ouvidas pelo jornal espanhol El Mundo. O grupo de direitos humanos Foro Penal relatou que 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país. Manifestantes também derrubaram estátuas de Hugo Chávez, enquanto a oposição apresentou supostas provas de fraude eleitoral, alegando que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor. 

    As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que gritavam frases como "Liberdade" e "este Governo vai cair". Protestos ocorreram até em áreas pobres de Caracas, que tradicionalmente apoiam o governo de Maduro. Em algumas regiões, houve relatos de tiros. 

    Em uma transmissão ao vivo, Maduro afirmou que as forças de segurança estavam agindo contra “manifestantes violentos”. As Forças Armadas continuam apoiando Maduro, sem sinais de ruptura com o governo. "Temos acompanhado todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Posso dizer ao povo da Venezuela que estamos agindo", declarou. "Nós já sabemos como eles operam".

    O Observatório Venezuelano de Conflitos registrou 187 protestos em 20 estados até às 18h de segunda-feira (29), relatando atos de repressão e violência por coletivos paramilitares e forças de segurança.

    As manifestações se intensificaram após a proclamação de Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para um terceiro mandato de seis anos. Maduro ignorou as críticas internacionais e da oposição sobre a contagem dos votos, alegando um “golpe de Estado” de natureza “fascista e contrarrevolucionária”.

    Após o anúncio, a líder da oposição, Maria Corina Machado, afirmou que a análise dos registros de votação mostrava que o próximo presidente "será Edmundo González Urrutia", com uma vantagem "matematicamente irreversível" de 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões para Maduro. O CNE informou anteriormente que Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto González Urrutia conquistou 44,2%.

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