Senado argentino aprova Lei de Bases proposta por Milei, após dura repressão do lado de fora
Entre as concessões, foi retirado do texto a privatização de empresas estatais como Aerolíneas Argentinas, Correo Argentino e Rádio e Televisão Argentina
Da C5N – O Senado argentino aprovou, com 36 votos a favor e 36 contra, e o desempate decisivo da vice-presidente do Senado, Victoria Villarruel, a controversa Lei Bases. A lei inclui reformas promovidas pelo presidente Javier Milei e o governo cedeu em vários pontos para garantir a aprovação. Entre as concessões, foi retirado do texto a privatização de empresas estatais como Aerolíneas Argentinas, Correo Argentino e Rádio e Televisão Argentina, atendendo a pedidos da oposição.
A votação em geral ocorreu após treze horas de debate acalorado e em um clima de intensa tensão, tanto dentro quanto fora do Congresso. Na área externa, manifestantes protestaram contra a lei e foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança, resultando em vários feridos e detidos.
A Casa Rosada fez concessões importantes para conseguir a aprovação de partes específicas da lei. No que diz respeito ao Regime de Incentivo para as Grandes Investimentos (RIGI), a oposição obteve a obrigatoriedade de que 20% dos fornecedores sejam locais. O regime será restrito aos setores agroflorestal, infraestrutura, mineração, energia e tecnologia. A votação desta parte específica foi aprovada com 38 votos a favor e 32 contra.
A sessão foi marcada por episódios de repressão violenta aos manifestantes que cercavam o Congresso. A polícia utilizou gás lacrimogêneo, balas de borracha e caminhões de água para dispersar os protestos, resultando em ferimentos tanto em manifestantes quanto em legisladores da União pela Pátria. Alguns dos deputados feridos, incluindo Eduardo Valdés e Leopoldo Moreau, necessitaram de atendimento médico e foram encaminhados ao hospital.
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