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    Trabalhadores argentinos anunciam greve total no setor de transportes em protesto contra Milei

    Ação será realizada apenas três dias antes da segunda greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT)

    Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

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    RT - Como medida de rejeição e protesto contra o pacote fiscal promovido pelo governo argentino, no próximo dia 6 de maio todas as atividades de transporte aéreo, terrestre, portuário e marítimo serão paralisadas, anunciou o secretário geral do Sindicato do Pessoal Embarcado de Dragagem e Balizamento (Dragybal), Juan Carlos Schmid.

    "No dia 6 de maio, pela manhã e perto do meio-dia, as atividades nos transportes aéreo, terrestre, portuário e marítimo serão interrompidas em rejeição ao acordo fiscal que novamente impõe o imposto sobre os lucros", escreveu Schmid em suas redes sociais.

    Essa ação será realizada apenas três dias antes da segunda greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) desde que Javier Milei assumiu a presidência, que tem o objetivo de mostrar a profunda rejeição às severas políticas de ajuste aplicadas pelo governo.

    Além disso, o Sindicato dos Trabalhadores e Empregados de Óleos (SOEA) de San Lorenzo, um dos maiores portos agroexportadores da Argentina, iniciará nesta segunda-feira (29) uma greve por tempo indeterminado em protesto contra o imposto sobre os lucros e as reformas trabalhistas propostas por Milei, segundo relata o Ámbito.

    Esta ação se soma à greve anunciada para o mesmo dia em todo o país pelos trabalhadores estatais responsáveis pela qualidade sanitária dos alimentos (Senasa), o que poderia impactar nos envios de farinha e óleo de soja, um dos principais produtos de exportação da Argentina.

    "A greve anunciada por tempo indeterminado afeta 80% das processadoras de óleo e começará após a abertura da sessão que discutirá (o imposto sobre os) lucros e a reforma trabalhista na Câmara dos Deputados", expressou o SOEA por meio de um comunicado.

    Entre outras reformas, um dos pontos mais questionados do pacote fiscal é a reincorporação da denominada quarta categoria do imposto sobre os lucros, que seria paga pelos trabalhadores solteiros com um salário bruto de 1,8 milhões de pesos (cerca de 2.000 dólares) e pelos casados com dois filhos, cujos rendimentos brutos atinjam 2,3 milhões de pesos (aproximadamente 2.570 dólares).

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