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Vendas de remédios caem 26,4% na Argentina, com a recessão provocada por Milei

Catástrofe econômica na Argentina terá graves impactos sobre a saúde da população

Presidente da Argentina Javier Milei 7/7/2024 (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)

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247 – O setor farmacêutico argentino enfrenta um período de severas dificuldades econômicas, com uma queda significativa de 26,4% nas vendas interanuais de medicamentos, segundo informa a C5N. Este declínio, que afeta tanto farmácias quanto laboratórios locais, é atribuído pela indústria e analistas econômicos às políticas recessivas do governo de Javier Milei.

A queda nas vendas internas vem em um momento em que os laboratórios estão tentando compensar as perdas através do aumento das exportações, que neste ano mostraram um crescimento encorajador de 5,5%, somando um total de 959 milhões de dólares. Segundo dados da Câmara Industrial de Laboratorios Farmacéuticos Argentinos (CILFA), somente no mês passado, as exportações farmacêuticas tiveram um incremento de 8,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 90,4 milhões de dólares.

"Este aumento nas exportações é um reflexo direto do esforço dos laboratórios argentinos em adaptar-se às normativas e padrões internacionais, abrindo portas em novos mercados, especialmente na América Latina e em alguns países europeus", afirma o relatório da CILFA.

Paralelamente, as importações de medicamentos também apresentaram um aumento notável de 35,3% em julho em relação ao ano anterior, sinalizando uma possível recuperação do mercado interno. Este aumento nas importações, que totalizaram 246 milhões de dólares em julho, sugere uma retomada da demanda doméstica por medicamentos após anos de restrições e dificuldades econômicas.

Apesar dos desafios impostos pela crise econômica e pela gestão governamental, que muitos acusam de agravar a recessão, a indústria farmacêutica local mantém-se cautelosamente otimista para o restante do ano. A expectativa é que a combinação de uma demanda interna em recuperação e o fortalecimento das exportações possa trazer um alívio necessário para o setor.

Enquanto isso, a administração de Milei enfrenta crescentes críticas sobre sua abordagem econômica, com muitos especialistas e setores da indústria argumentando que a falta de medidas eficazes para combater a inflação e estimular o crescimento econômico contribuiu diretamente para a atual crise no setor farmacêutico e em outras áreas vitais da economia argentina.

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