Venezuela reage a ataque ao sistema elétrico e mobiliza forças para conter danos

247 - A Venezuela foi atingida nesta sexta-feira (30) por um apagão que deixou Caracas e várias regiões do país sem energia, em um momento de crescentes tensões políticas devido ao impasse eleitoral após a reeleição de Nicolás Maduro em 28 de julho, conforme determinado pelo Tribunal Supremo do país. O governo venezuelano atribuiu o corte de energia a um ataque de forças oposicionistas de extrema-direita, em uma estratégia de sabotagem ao sistema elétrico nacional, semelhante ao ocorrido em 2019. A oposição, que se recusa a aceitar os resultados eleitorais, vê seus meios para chegar ao poder cada vez mais estreitos.

O vice-presidente Setorial de Soberania, Segurança e Paz, Vladimir Padrino López, anunciou que o governo ativou o Plano Centella para responder à crise, mobilizando todos os recursos necessários para apoiar a população. "Colocamos em prática o Plano Centella, que é um plano que temos para qualquer situação no território nacional", afirmou Padrino López, destacando o patrulhamento reforçado nas ruas e o apoio logístico para garantir o transporte e a segurança dos cidadãos. A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) foi imediatamente mobilizada para proteger as fronteiras e manter a ordem interna, com engenheiros elétricos e hidráulicos atuando na recuperação do sistema.

O ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, reiterou a acusação de sabotagem por parte da oposição e garantiu que o serviço elétrico está sendo restabelecido de forma gradual. "Neste momento, vários setores de Caracas já estão começando a ser energizados", afirmou Cabello, enquanto trabalhadores do serviço elétrico continuavam os esforços para restabelecer a energia em todo o país. O governo venezuelano ressaltou que o país "está sob controle" e que não permitirá que ações de sabotagem desestabilizem a nação. (Com agências).