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    Venezuela repudia declarações golpistas do governo dos Estados Unidos

    O país sul-americano afirma que os EUA desconhecem a vontade democrática do povo venezuelano que reelegeu o presidente Nicolás Maduro

    (Foto: Reuters)

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    247 - O Governo da Venezuela repudiou nesta segunda-feira as declarações do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Tais declarações evidenciam que o país sul-americano está enfrentando uma tentativa de golpe de Estado e desconhece a vontade do povo, que reelegeu o presidente Nicolás Maduro nas eleições do passado 28 de julho, afirma comunicado do Ministério das Relações Exteriores, reproduzido pela Telesur

    “É inaudito que um Governo que reiteradamente desconheceu os processos eleitorais venezuelanos nos últimos 20 anos, que esteve comprometido com todas as tentativas de desestabilização, magnicídio, invasões e derrubadas postas em prática contra o povo venezuelano, e que recebeu e amparou os principais dirigentes e executores de conspirações, atos terroristas e violência, pretenda impor na Venezuela um novo Governo fantoche, à imagem e semelhança da sua fracassada estratégia de 2019”, precisou o Ministério de Relações Exteriores em um comunicado.

    A esse respeito, afirmou que tanto os EUA como a ultradireita venezuelana têm a derrota pintada na testa, com sua estratégia Guaidó 2.0, em referência ao fato de que na quinta-feira da semana passada, o secretário de Estado Antony Blinken, afirmou que para seu país, “dada a esmagadora evidência (…) Edmundo González Urrutia obteve o maior número de votos”.

    O texto denuncia, além disso, que a atual administração dos EUA fez pactos com grupos do crime organizado presentes no Chile, Peru e EUA, “vinculados ao extinto Tren de Aragua e ao Tren del Llano, com o objetivo de aterrorizar a população mediante perseguição, intimidação e morte”.

    O Governo venezuelano alerta ainda que os EUA buscam pressionar governos da região para promover uma mudança no resultado eleitoral, baseado em informações construídas pela Agência Central de Inteligência (CIA) e magnatas de empresas de tecnologia e comunicação.

    “A Venezuela é um país soberano, com instituições sólidas que são as únicas que têm a legitimidade para decidir os assuntos que concernem ao seu povo sem nenhum tipo de ingerência estrangeira”, sublinha o documento, e conclui afirmando que o país sul-americano “não é colônia de ninguém”.

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