A façanha de Rebeca é um ato de soberania contra a viralatice
"A façanha de Rebeca resgata o orgulho do Brasil contra o falso patriotismo de louvação a símbolos dos EUA e de Israel", diz Tiago Barbosa
A sucessão de imagens na sequência da vitória incontestável de Rebeca Andrade produz simbolismos para além do esporte. E aquece a alma de um Brasil habituado - por força de uma fração vira-lata da população - a se ver por baixo na esfera internacional.
A cena da ginasta venerada pelas concorrentes norte-americanas enxota a subserviência aos EUA cultuada por mentes colonizadas. É grito de soberania esportiva - com reflexos reais - contra a continência a essa bandeira estrangeira naturalizada pela degeneração da extrema-direita.
A façanha de Rebeca resgata o orgulho do Brasil contra o falso patriotismo de manifestações guiadas por flâmulas, genuflexões, influência e louvação a símbolos dos EUA e de Israel. Reposiciona o sentido de país a partir de um povo fortalecido na própria identidade - negra e feminina - e potência atlética sem alienações à propaganda ou a modelos ocidentais de submissão. Valoriza a coletividade materializada no papel do Estado através de incentivos públicos em contraponto à retórica enganosa do mercado como fiador exclusivo do triunfo.
A ascensão da bandeira brasileira sob o hino destituído de acenos golpistas de ruminantes e ladeada pelas norte-americanas é reencontro. Do Brasil com seu povo. Do Brasil com seu potencial. Do Brasil com o futuro. Livre, soberano, plural, igualitário e vencedor: o ouro de Rebeca é a plenitude da nossa gente - a glória que vira-lata de direita detesta ver.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: