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      Chico Vigilante

      Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

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      A verdade sobre os ataques a Márcio Pochmann e a politização do IBGE

      'Está em jogo não apenas a figura de Pochmann, mas o papel fundamental do IBGE na nas políticas públicas baseadas em dados confiáveis', escreve Chico Vigilante

      Marcio Pochmann (Foto: Reprodução/TV 247)

      Nos últimos dias, assistimos a uma ofensiva articulada contra o economista Márcio Pochmann, atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os ataques partem de setores da extrema direita e de interesses internos dentro do próprio serviço público, que tentam fragilizar sua gestão e desacreditar um dos mais importantes órgãos de estatística do país. O que está em jogo não é apenas a figura de Pochmann, mas o papel fundamental do IBGE na construção de políticas públicas baseadas em dados reais e confiáveis.

      Márcio Pochmann não chegou ao IBGE por acaso. Sua trajetória sempre foi marcada pelo compromisso com o fortalecimento do Estado e com a geração de conhecimento técnico para embasar decisões que impactam diretamente a vida da população. Conheço Pochmann desde os anos 1980, quando ele dirigia o escritório do Dieese em Brasília e eu presidia a Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF). Ele sempre demonstrou um olhar atento e comprometido com os trabalhadores, ajudando a traçar estratégias econômicas que garantissem justiça social e desenvolvimento. Sua nomeação para o IBGE não é um erro, como alguns tentam sugerir, mas sim um acerto para garantir que o instituto cumpra sua missão de servir ao Brasil com transparência e rigor técnico.

      O que mais chama a atenção nesses ataques é a seletividade de quem os promove. Durante os anos do governo Bolsonaro, vimos uma tentativa deliberada de destruir órgãos essenciais, de enfraquecer instituições de pesquisa e de perseguir servidores que ousassem discordar das narrativas do governo. O IBGE sofreu com cortes orçamentários e a falta de concursos públicos, comprometendo sua capacidade de produzir estatísticas detalhadas e confiáveis. E onde estavam esses “críticos” na época? Silenciaram-se completamente.

      Agora, quando um governo progressista busca reconstruir o país e devolver ao IBGE sua verdadeira função, esses mesmos grupos se insurgem contra a gestão de Pochmann. A razão é simples: eles temem um IBGE forte e atuante, capaz de fornecer dados que desmontem a propaganda enganosa da extrema direita. Afinal, estatísticas bem feitas revelam desigualdades, expõem a concentração de renda e mostram a necessidade de políticas públicas que priorizem a população mais vulnerável. Para aqueles que defendem um Estado mínimo e privilégios para poucos, um IBGE independente e competente é um problema.

      O IBGE não pode ser transformado em um palco para disputas políticas rasteiras. Ele tem uma função essencial na organização do Estado e na implementação de políticas públicas baseadas em evidências. O trabalho do instituto impacta diretamente áreas como educação, saúde, habitação e trabalho, fornecendo dados cruciais para a formulação de programas que atendam à população.

      Márcio Pochmann tem a missão de recuperar a credibilidade do IBGE e fortalecer sua capacidade técnica. E isso significa enfrentar resistência de setores que se acostumaram a usar o instituto para seus próprios interesses. Mas a verdade prevalecerá. O Brasil precisa de um IBGE robusto, transparente e a serviço da sociedade — e não de grupos políticos que desejam manipular a informação.

      O momento exige união de todos os que acreditam na ciência, nos dados e na necessidade de um Estado eficiente e comprometido com o bem-estar da população. Não podemos permitir que o IBGE seja enfraquecido por disputas ideológicas e ataques injustificados.

      Márcio Pochmann tem meu total apoio. E a sociedade brasileira precisa se mobilizar para garantir que o IBGE continue cumprindo seu papel, fornecendo informações precisas e ajudando a construir um país mais justo e equilibrado.

      A democracia se fortalece com instituições sólidas e independentes. Defender o IBGE é defender o Brasil.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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