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Alberto Cantalice

Diretor da Fundação Perseu Abramo e membro da Direção do PT

64 artigos

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Alguns apontamentos para uma avaliação

'Sem um horizonte estratégico de longo prazo, o PT passou a depender única e exclusivamente do prestígio de Lula', escreve o colunista Alberto Cantalice

Partido dos Trabalhadores (Foto: Partido dos Trabalhadores/Divulgação)

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O PT foi criado para ser uma ferramenta dos Trabalhadores. Ao longo do tempo as relações de produção no interior no mundo do trabalho mudaram significativamente: robotização, uberização e precarização. Concomitante a essas mudanças houve o garroteamento do Movimento Sindical – em grande parte burocratizado e dependente do Imposto Sindical. Perdeu potência.

Somando-se a esse processo de transformação, a exclusão social que já era imensa aumentou imensamente. O PT também foi se transmudando ao longo dos tempos. De Partido dos Trabalhadores, em Partido dos Pobres. Os setores excluídos da sociedade em parte não digeriram essa opção. Sentindo-se órfãs de quem os defenda.

A disseminação da cultura do individualismo faz com que parte da população vejam os beneficiários de programas governamentais como um “fardo” para quem “paga” impostos.

Historicamente crítico ao Sistema Capitalista e ao clientelismo, patrimonialismo o que o diferenciava do “status quo”, o Partido ao vencer 5 eleições presidenciais e ser a partir de 2013 foco das perseguições midiático-judiciais, passou a ser visto pela imensa maioria como parte do “Sistema”.

Por "tornar-se comum", houve um descolamento entre os eleitores de Lula das demais candidaturas petistas.

Sem um horizonte estratégico de longo prazo, passou-se a depender única e exclusivamente do prestígio de Lula. É pouco!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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