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    José Reinaldo Carvalho

    Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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    Assassinato de Nasrallah é crime do terrorismo de Israel em cumplicidade com os EUA

    A morte do líder do Hezbollah não estabelece um ponto final na luta dos povos palestino e libanês

    (Foto: Reuters )

    Por José Reinaldo Carvalho - O mundo testemunha entre estarrecido e assombrado mais um crime hediondo da guerra implacável de Israel aos povos do Oriente Médio. O assassinato de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, não é apenas um golpe para o Líbano, mas um atentado perpetrado contra toda a região pelo terrorismo do Estado israelense, com a aprovação vergonhosa dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, ao declarar que o assassinato de Nasrallah foi “um ato de justiça”, coloca seu país diretamente como cúmplice da violência que varre a região, consolidando uma política de apoio a Israel em sua sanha destruidora da liberdade e independência de palestinos e libaneses.

    O que Israel está promovendo no Líbano e na Palestina não é apenas uma operação militar. É uma campanha de extermínio e dominação, um genocídio disfarçado de defesa própria. Nas últimas semanas, vimos uma escalada de bombardeios contra civis, com milhares de mortos e feridos. Famílias inteiras aniquiladas, bairros destruídos, escolas e hospitais reduzidos a escombros. E por quê? Porque o Hezbollah, sob a liderança de Nasrallah, decidiu não se curvar diante das agressões israelenses e dos interesses imperialistas e desempenha papel ativo na solidariedade com os seus irmãos palestinos.

    Israel, com apoio militar e diplomático dos EUA, visa a eliminar o comando do Hezbollah, uma organização que resistiu heroicamente às tentativas de submissão do Líbano. O Hezbollah não é apenas uma força militar, é um movimento profundamente enraizado nas comunidades libanesas, que se apresenta como baluarte de resistência contra as invasões israelenses e a opressão imperialista. Nasrallah, como líder, encarnava essa luta, personificando a dignidade de um povo que se recusa a ser esmagado pelas potências imperialistas e os ocupantes sionistas. 

    Enquanto Israel massacra o povo palestino e avança sua política expansionista, mirando agora o Hezbollah no Líbano, a cumplicidade dos EUA é inegável. A aliança entre essas duas potências transformou o Oriente Médio em um campo de batalha permanente, onde a vida de civis é um preço por eles aceitável para garantir a hegemonia geopolítica. O sangue que corre em Gaza, no sul do Líbano e em Beirute está nas mãos daqueles que apoiam e financiam essa máquina de guerra.

    É preciso condenar veementemente os crimes de Israel e a cumplicidade criminosa dos EUA. A comunidade internacional, em especial as nações que se dizem defensoras dos direitos humanos e da justiça, deve se levantar contra essa brutalidade. É hora de exigir o fim imediato da carnificina e do apoio irrestrito a Israel. O Líbano, a Palestina e todos os povos que sofrem sob o jugo do imperialismo merecem viver em paz, livres da agressão. 

    A luta de Nasrallah não foi apenas pelo Líbano, mas pela dignidade de todos os povos que enfrentam o imperialismo. Sua liderança no Hezbollah, movimento que se consolida como uma das forças mais importantes da resistência no Oriente Médio, e a solidariedade com o povo palestino jamais serão esquecidas. Nasrallah foi muito mais do que um líder militar; ele era um símbolo de luta pela autodeterminação do Líbano e da Palestina, o que o colocou na linha de frente contra as potências imperialistas. Sua memória fortalece os movimentos de resistência. 

    A morte de Hassan Nasrallah não estabelece um ponto final na luta pela independência dos povos massacrados por Israel. O martírio de Hassan Nasrallah, assim como a resistência heróica do Hezbollah e de outras forças no Oriente Médio, ecoa na alma de todos aqueles que enfrentam a brutalidade das grandes potências. A resistência contra o imperialismo e o terrorismo do Estado de Israel continuará viva e há de crescer e se intensificar. 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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