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    Líder supremo do Irã, Khamenei pede que muçulmanos enfrentem Israel após a morte de Nasrallah

    Aiatolá convoca a mobilização islâmica após alegação de que Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, foi morto em bombardeio israelense

    Ali Khamenei Leader (Foto: Ali Khamenei Leader/Reuters)

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    247 – Neste sábado, o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo contundente à comunidade muçulmana para apoiar o Hezbollah e o Líbano contra o que ele chamou de "regime perverso de Israel". A declaração foi feita após a notícia de que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, teria sido morto em um ataque aéreo israelense nos subúrbios do sul de Beirute. A Reuters informou que a morte de Nasrallah, que liderou o grupo por 32 anos, ainda não foi confirmada oficialmente pelo Hezbollah, mas Israel afirmou que o ataque foi direcionado à base subterrânea do grupo.

    "Devemos apoiar o povo do Líbano e o orgulhoso Hezbollah com todos os meios disponíveis e ajudá-los a enfrentar esse regime maligno," disse Khamenei em sua mensagem, publicada pela mídia estatal iraniana.

    O bombardeio que teria resultado na morte de Nasrallah faz parte de uma escalada de violência entre Israel e o Hezbollah, com ataques intensificados nos últimos dias. Segundo relatos, os subúrbios do sul de Beirute, uma área fortemente controlada pelo Hezbollah, foram alvo de sucessivas explosões de grande intensidade, deixando uma cratera de pelo menos 20 metros de profundidade.

    Impacto Regional

    A morte de Nasrallah, se confirmada, será um golpe devastador para o Hezbollah e seus apoiadores no Irã. O líder foi uma figura chave na chamada "Eixo da Resistência", uma aliança de grupos militantes apoiados por Teerã em toda a região. Nasrallah, com seu discurso desafiador e forte liderança militar, transformou o Hezbollah de uma milícia local em uma força militar significativa no Oriente Médio, com influência além das fronteiras libanesas.

    O conflito entre Israel e Hezbollah já dura décadas, mas a intensidade dos recentes confrontos gerou temores de uma escalada regional. Segundo a Reuters, as Forças Armadas de Israel estão em alerta máximo, preparando-se para um possível confronto mais amplo, que poderia envolver também o Irã e outras forças aliadas na região.

    Resposta Internacional e Diplomática

    França e Estados Unidos têm trabalhado nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas para intermediar um cessar-fogo temporário de 21 dias entre Hezbollah e Israel. A proposta visa abrir caminho para negociações mais amplas, mas a situação no terreno continua tensa. O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu aos Estados Unidos que pressionem Israel a aceitar o cessar-fogo, enquanto o governo libanês também busca evitar uma escalada maior.

    No cenário local, o governo do Líbano enfrenta uma crise adicional após um aviso de Israel à torre de controle do aeroporto de Beirute, na sexta-feira, afirmando que usaria "força" se um avião iraniano tentasse pousar no país. "A prioridade são as pessoas," disse uma fonte do Ministério dos Transportes libanês à Reuters, ao ser questionado sobre a situação.

    Especulações Sobre o Futuro

    A morte de Nasrallah, caso confirmada, deixará um vácuo de liderança no Hezbollah e poderá enfraquecer a aliança de resistência ao longo do Oriente Médio. No entanto, para seus seguidores e muitos na região, ele será lembrado como um líder que desafiou Israel e resistiu às pressões internacionais, enquanto para seus inimigos, sua morte será considerada um golpe significativo contra o terrorismo e a influência iraniana na região.

    Conforme os ataques continuam e as tensões aumentam, a comunidade internacional observa com crescente preocupação o desenrolar desse conflito, que ameaça se transformar em uma guerra de maiores proporções.

    Em meio a um cenário volátil, a declaração de Khamenei reforça a importância de Nasrallah e do Hezbollah para a estratégia iraniana na região. A escalada atual poderá moldar o futuro do Oriente Médio, com consequências tanto para a paz regional quanto para as alianças globais.

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