BRICS em Kazan precisam salvar Cuba das garras do imperialismo americano
A América Latina precisa levantar-se como uma força uníssona de solidariedade a Cuba sob ataque desumano de Washington
Cuba, sob presidência de Miguel Díaz-Canel, mais uma vez, está sob ataque brutal do império americano que não deixa chegar lá o petróleo necessário à movimentação de suas hidrelétricas, razão pela qual o país está às escuras faz semanas.
Por isso, a prioridade total de Cuba é entrar no BRICS e tentar se salvar do massacre imperialista americano.
A América Latina precisa levantar-se como uma força uníssona de solidariedade a Cuba sob ataque desumano de Washington.
Igualmente, o BRICS, que se reúne essa semana em Kazan, na Rússia, para defesa da nova ordem multipolar global, deve fazer a denúncia desse massacre, que, na prática, está transformando Cuba numa faixa de Gaza.
Não há dúvida dos propósitos sinistros de Washington: matar os cubanos de fome com as sanções econômicas impostas ao país ao longo de mais de sessenta anos, aprofundando toda a sorte de martírios inconcebíveis.
Os Estados Unidos, nessas seis décadas, mantêm situação desumana inaceitável para as consciências civilizadas anti-barbárie de ataque aos cubanos simplesmente porque não aceitam a autodeterminação dos povos.
Os cubanos conquistaram sua liberdade pela revolução socialista, que eliminou o capitalismo da ilha pela rebelião social contra a exploração colonial.
Os valores maiores que todas as sociedades independentes de ideologia anseiam foram alcançados pelos cubanos, embora padecem de carências materiais extremas decorrentes do bloqueio econômico: educação, saúde e moradia.
Os cubanos, para Washington, são rebeldes que merecem, pela eternidade, todo o castigo do mundo por não aceitarem as ordens imperialistas de Wall Street.
Cuba instalou o regime da solidariedade humana como nova lei internacional, desde sua libertação em 1956.
Agora, é essa palavra de ordem que ganha força com a emergência dos BRICS, cuja meta é a cooperação internacional, base do mundo multipolar.
O unilateralismo, puxado pelos Estados Unidos, como modus operandi imperialista demonstra na prática da divisão irremediável entre os povos e o apelo à guerra como alternativa de imposição permanente dos mais fortes sobre os mais fracos.
CUBA, NOVA GAZA
O BRICS, ao contrário, lança a palavra de ordem da predominância da força do direito sobre o direito da força, que caracteriza as ações do império americano, nesse momento, em que a prioridade de Washington é esmagar os palestinos da faixa de Gaza, armando seu braço direito de guerra por intermédio do sionismo colonialista israelense.
O processo histórico em Gaza, impulsionado pelas armas do império, nada mais é do que a prática semelhante e desesperada da Casa Branca de continuar o martírio dos cubanos que se desenrola faz seis décadas, expressando espírito de divisão entre os povos como fator imperialista de impor suas ordens como veneno promotor da divisão política internacional.
A tarefa mortífera de Washington de punir quem se dispõe a ajudar Cuba é exemplo semelhante ao que está praticando no Oriente Médio, na tentativa de matar os palestinos de fome.
O império e seu sócio sanguíneo, o sionismo colonialista, sequer aceita a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, como não admite, também, a cooperação internacional para com Cuba.
O boicote americano sobre Cuba é o mesmo que se pratica contra os palestinos.
Nesse momento, os cubanos estão precisando, urgentemente, de petróleo, para abastecer as usinas hidrelétricas cubanas, mas quem, na América Latina, dispõe-se a fazer isso corre o risco de sofrer os mesmos malefícios das sanções econômicas assassinas determinadas por Tio Sam, com todo seu rol de crueldades infinitas. `
PETRÓLEO POR VACINAS
Por que o Brasil não manda petróleo para Cuba, nesse momento, em troca de medicamentos fabricados pelos cubanos?
Cuba se transformou em excelência mundial na produção de produtos farmacêuticos.
A produção cubana de vacinas tem condições de abastecer as Américas, do Sul e Central, como ficou comprovado durante o surto mundial de Covid-19.
No momento em que, durante o governo Dilma, o Brasil precisou da assistência médica cubana, centenas de médicos de Cuba vieram para o Brasil prestar serviços humanitários.
O mesmo aconteceu com diversos países latino-americanos, como Venezuela, Nicarágua, Guatemala etc.
No momento, quem manda petróleo para Cuba é a Rússia, abastecendo suas necessidades, mas sem a continuidade indispensável que a demanda cubana requer em hora dramática.
O mundo tem uma dívida para com Cuba pelos serviços que prestou em África, na luta de libertação africana contra o colonialismo.
BANCO BRICS PARA SALVAR CUBA
China e Rússia, que lideram, na prática a construção multipolar dos BRICS, têm o dever moral de engajar o Banco dos BRICS, hoje dirigido pela brasileira Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil, para salvar Cuba do massacre imperialista norte-americano.
A socialista China, que está na dianteira da economia global, junto com a Rússia, que pontifica como detentora das riquezas minerais infinitas ao lado do poder bélico, capaz de fazer frente ao império, em defesa do mundo multipolar, tem como missão em Kazan, onde Lula não estará por estar acidentado, de denunciar que os Estados Unidos transformam Cuba numa nova faixa de Gaza.
O objetivo claro do império não deixa dúvida: o boicote a Cuba visa matar os cubanos de fome.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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