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    José Reinaldo Carvalho

    Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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    O massacre de Nuseirat expõe o banditismo de Israel e pode ser um ponto de virada na luta contra o genocídio

    Os crimes de Israel em Nuseirat vão se voltar contra os algozes do povo palestino

    Genocídio em Gaza: hospitais se transformam em necrotérios (Foto: HispanTV)

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    Por José Reinaldo Carvalho - O governo israelense, seu exército, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, maior terrorista e genocida do século 21, acabam de cometer mais um horripilante crime de lesa-humanidade. Em uma operação militar feroz no último sábado (8), em nome de libertar reféns em poder do Movimento de Resistência Palestina Hamas, esses verdugos do povo mártir da Palestina ocupada assassinaram 283 pessoas e deixaram até agora 814 feridos.

    Cinicamente os veículos de comunicação controlados pelo sionismo e o imperialismo estadunidense, apresentaram o fato como uma operação “precisa” e dedicaram seu noticiário noturno do sábado à propaganda sobre o “júbilo” nas famílias e nas ruas do país agressor, que supostamente realizou com sucesso sua missão, restabelecendo a segurança e infundindo novas esperanças de que todos os detidos pelo Hamas serão libertados. Multiplicam-se entre os que apoiam o genocídio as declarações justificando o uso do terror por parte de Netanyahu, que se sente apoiado na execução de sua estratégia, ressaltando a “eficácia e a determinação” de suas forças armadas. 

    Há exatos oito meses o regime sionista vem cometendo impunemente um dos maiores genocídios da história, deixando explícito que seu objetivo é exterminar o povo palestino e consumar a ocupação total do terrirório que usurparam sem legitimidade nem justificativa política e moral há 76 anos. Os continuados ataques perpetrados nos últimos dias, massacres em série, a escolas e acampamentos de refugiados, inclusive os que se encontram sob proteção das Nações Unidas, confirmam que pretendem ir às últimas consequências para realizar esse objetivo. 

    A única reação justa diante de tais crimes, seja por parte de forças políticas, governos e organizações multilaterais, não pode ser outra senão a condenação veemente.    

    Anteriormente, o Tribunal Internacional de Justiça da ONU já advertiu Israel de que está violando sistematicamente os direitos humanos, o direito internacional e o direito internacional humanitário. Não se trata apenas de chamar a atenção para a necessidade de proteger civis, mas de acusar e condenar o Estado pária dos sionistas de atacar a população civil com finalidades genocidas.

    A tragédia humanitária gerada pela operação assassina comandada por Benjamin Netanyahu há de ser punida, se não pela justiça formal, pelas armas da Resistência e a luta dos seus combatentes.   

    O massacre de Nuseirat pode representar um ponto de virada na história da guerra genocida de Israel contra os palestinos, pois é mais um fato contundente a demonstrar quanto é indispensável o incremento da Resistência por meio de todas as formas de luta e a ação internacional em favor do imediato e permanente cessar-fogo. Do contrário, não só novas tragédias podem acometer a população palestina martirizada pelos crimes do Estado sionista, mas abalos políticos e militares na região do Orriente Médio podem se tornar inevitáveis. Nuseirat pode ser o marco e o epicentro de uma grave crise internacional, caso se confirmem os indícios de que houve participação estadunidense no massacre. 

    O Estado pária de Israel está usando a “libertação dos reféns” como disfarce para continuar o genocídio e cometer novos crimes. Mas isto pode também transformar-se num ponto de virada que leve a uma tragédia de outro tipo - para os próprios reféns. Quantos deles terão morrido durante a operação de sábado? Quantos mais poderão morrer? Que repercussão isso terá para o desenrolar dos acontecimentos, onde certamente crescerá a fúria de familiares contra seu governo?  

    O porta-voz das Brigadas Qassam confirmou na rede social X que Netanyahu e o seu governo recuperaram alguns detidos, mas mataram outros durante a operação. Está, assim, expondo as vidas dos restantes reféns a perigo extremo.

    Desde 7 de outubro, Israel matou pelo menos 36.801 palestinos na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Os fatos se acumulam para uma ata de acusação consistente contra o regime sionista e uma reação de força proveniente de todos os lados. 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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