Os movimentos já em curso nas profundezas das articulações Trump, Big Techs e Wall Street
A rede social X se transformou numa arma de manipulação e propaganda da extrema-direita global através do seu dono, Elon Musk
A rede social X (ex-Twitter) se transformou numa arma de manipulação e propaganda da extrema-direita global através do seu dono, Elon "Moska" (a alteração do sobrenome é para disfarçar o algoritmo, mais bobo e inocente, rs).
O que estou falando não é nenhuma novidade para a maioria, porém o processo e como isso vem se ampliando e se consolidando, merece ser melhor observado.
Não sou e nunca fui um usuário assíduo dessa mídia social, mas acompanho com interesse de pesquisa e como forma de me informar e relacionar com alguns pares, como faço também aqui e no meu blog.
A mudança que vinha sendo sútil vem se alterando agora mais rapidamente. Os perfis a que se tem acesso mostram e indicam formas de manipulação que não são grosseiras, mas perceptíveis.
Esses perfis são, muitas vezes, falsos, se propõem a usar algum humor, ironia e alguma relação com o seu modo de pensar, mas redirecionando-o, o que indica uma organização e uma articulação bastante mais elaborada.
Isso se dá tanto em perfis nacionais quanto de fora do país e em outras línguas.
O que se parece estar sendo planejado e já em curso não é algo pequeno e nem superficial.
Talvez, não seja coincidência que isso se amplie, nesse momento em que o personagem citado foi escolhido e já atua como um dos principais assessores do Trump na Casa Branca e com intenções de articulações globais. Sua função ganhou um "novo departamento" chamado de Eficiência Governamental e que teria como objetivo "desmantelar a burocracia governamental, impulsionar uma reforma estrutural em larga escala e cortar gastos". Mas, será mais que isso com atuação transversal sobre relações internacionais.
Logo no pós-eleição dos EUA, houve um claro realinhamento de todas as Big Techs (e seus CEOs) ao presidente eleito e seu partido. Antes, algumas dessa Big techs eram mais próximas dos Democratas.do que dos Republicanos. A partir daí, a orientação do Trump tem sido a de conceder toda liberdade e poder às Big Techs americanas.
Assim, já estão pressionando o Departamento de Justiça e outros órgãos governamentais que, nos últimos anos, vinham tentando ampliar a regulação e ações antitruste sobre a oligopolização das Big Techs. Ou seja, Trump e "Moska" preveem a ampliação da articulação entre Wall Street e as gestoras dos fundos do mercado de capital (em especial os Venture Capital) que já investem pesado nas corporações digitais e startups.
A ideia é ampliar mercado dessas Big Techs em todo o Ocidente, trazendo mais capital para os EUA. Porém, o maior interesse é o de também evitar que essas gigantes corporações continuem sendo reguladas nos demais países (UE, Brasil, entre outros).
Pretendem atuar ainda impedindo cobranças de impostos sobre essas gigantes corporações americanas do universo digital e de telecomunicações. Querem assim garantir recursos para a expansão da infraestrutura digital controlada diretamente pelos EUA (e Big Techs), para a pesquisa e inserção no mundo real da Inteligência Artificial, tudo isso com liberdade e sem nenhum controle e restrição dos demais países.
Nessa linha, os EUA vão pressionar governos e perseguir (formal e informalmente) seus governantes, fomentando reações internas nesses países. As mídias sociais, não apenas o X (Twitter) serão instrumentos dessas pressões. Ou melhor, já são. Vão ampliar enormemente esses métodos que misturam guerra híbrida, cibernética e comercial. O intuito é manter o império nas relações de poder externa e internamente, ganhando com a melhoria da economia a partir do dólar vias essas grandes corporações digitais (GCDs).
Ou seja, o que se desenha na profundeza das articulações do novo governo americano e donos das Big Techs, controladores da Economia Digital no Ocidente, é muito maior e preocupante do que aquilo que aparece na superfície das postagens em uma dessas mídias sociais como o X, ou das nossas inocentes e pueris mensagens e fotos expostas no Instagram, Facebook e outras.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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