Recorde de pior bônus da história para professores paulistas: educação vista como gasto
Com critérios injustos, o valor destinado aos colaboradores educacionais paulistas correspondeu a 46% do que foi pago em 2023, menos da metade
Neste ano de 2024, houve o pagamento do bônus para a minoria dos profissionais da Educação e professores do Estado de São Paulo, contemplando somente 15% das escolas.
Desta vez, com critérios injustos para atingimento das metas estabelecidas, o valor total, que foi destinado aos colaboradores educacionais paulistas, correspondeu a 46% do que foi pago em 2023, sendo 208 milhões, ou seja, menos da metade, surpreendentemente.
Melhor comparando o ano de 2023 e 2024, quanto a esse benefício, no ano anterior, cerca de 181 mil professores foram beneficiados. Já neste ano de 2024, somente cerca de 39 mil foram beneficiados, abrangendo 767 escolas, de 5077, absurdamente.
Quanto aos critérios estabelecidos para fundamentar as metas propostas, em 2023, Renato Feder, secretário de educação paulista, prometeu que seria utilizado o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) como fonte para gerar as metas. No entanto, em 2024, de repente ou “em cima da hora”, mudou para o IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), comprometendo expectativas e organização dos colaboradores.
Assim, especificamente, em relação às metas “ouro” e “diamante” aplicadas, estas relevaram a frequência de 80% dos educandos da manhã e tarde, 75% dos estudantes do noturno, 80% de participação do SARESP (Sistema de Avaliação de Rendimento do Estado de São Paulo) e bons resultados em Língua Portuguesa e Matemática.
Contudo, diante desse tipo de abordagem para possível benefício ao professorado paulista, embora esse secretário, novamente, não tenha consultado os próprios servidores quanto aos adequados critérios para estabelecimento de metas, acabou impactando, negativamente, dificultando o recebimento desse bônus aos profissionais envolvidos.
Feder costuma sorrir e empolgar-se bem, durante as suas falas, em transmissões ao vivo, pelo YouTube, de modo que, quem não trabalha para a Educação, acaba acreditando que ele, realmente, esteja representando os servidores públicos da Educação Paulista; quando, na verdade, está articulando formas de direcionar medidas políticas à redução do investimento educacional, de 30% para 25%, como a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Tarcísio (governador do Estado de SP) enviada à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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