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    Adilson Roberto Gonçalves

    Pesquisador científico em Campinas-SP

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    Se há esperanças, ainda não sei

    Que a teocracia neoliberal fascista não seja a moeda corrente em 2025!

    Prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

    O ano começa com desejos para que seja esperançoso e menos ruidoso do que o anterior. As expectativas incluem a consolidação da política econômica, a diminuição da pressão parlamentar sobre o Executivo, com as mudanças no comando do Congresso Nacional, a necessária prisão de Bolsonaro e a contenção da extrema direita. Começamos até bem, com o Globo de Ouro para Fernanda Torres, e se vier um Oscar para o Brasil de brinde, 2025 ficará fascinante! 

    Mas vemos que a imprensa representada pelos jornalões da capital paulista não muda seu viés derrotista e de apostar na volta da extrema direita. Quanto às eleições do ano que vem – que já tomam forma agora –, faltou honestidade no artigo de Izabela Patriota para a Folha (Lula não tem sucessor para 2026), tanto pelo etarismo em relação ao presidente Lula, quanto à lacração de dizer que ele não teria substituto ou sucessor. Além disso, lança várias ilações como se fossem certezas absolutas ao falar da economia em governos petistas. Parece que esqueceu os quatro anos anteriores da extrema direita no poder, com o desmonte do Estado brasileiro e as tentativas de golpe havidas. Começamos o ano com outra notícia importante, constatando o aumento do que se chama classe média, mas isso pouco importa. 

    Outra questão para ficarmos atentos é a influência religiosa na base do “pensamento” da extrema direita que determina a pauta retrógrada do parlamento. Em relação a isso, foram pertinentes e lógicos os argumentos do deputado Tarcísio Motta, do PSOL, em que avalia a improcedência da PEC da imunidade que leva ao “cashback” para as igrejas. Porém, não creio que o parlamento retrógrado que temos impedirá mais esse ataque aos cofres públicos pelos vendilhões do templo. Os trocadilhos são fáceis e trágicos: “templo é dinheiro” e a “fé de mais não cheira bem”. Lembrando que o discurso é metafísico, mas a prática de padres, pastores e correlatos é totalmente mundana. 

    Que a teocracia neoliberal fascista não seja a moeda corrente em 2025!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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