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    José Reinaldo Carvalho

    Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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    Venezuela conquista vitória contra o imperialismo e o fascismo

    O triunfo venezuelano é reconhecido por países amigos da região e dezenas de outros mundo afora

    O presidente reeleito Nicolás Maduro fala ao povo na sacada do Palácio Miraflores (Foto: PSUV)

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    Por José Reinaldo Carvalho - A reeleição de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela não foi apenas um marco significativo na história política do país, mas também um testemunho da soberania e da resiliência das instituições venezuelanas. Apesar das adversidades e das pressões internacionais, a nação manteve-se firme em seu compromisso com os princípios democráticos da sua Revolução, confirmando a legalidade do processo eleitoral, a soberania popular, a democracia participativa e a legitimidade da liderança de Nicolás Maduro. O triunfo bolivariano foi comemorado por multidões nas ruas de Caracas na última quarta-feira (28), em manifestação no transcurso do primeiro mês da jornada eleitoral. O sentimento geral era o de uma vitória sobre o fascismo e o imperialismo.

    Isto foi reconhecido unanimemente pela XI Cúpula Extraordinária da ALBA-TCP, realizada em 26 de agosto. Um claro exemplo de solidariedade e apoio aos valores defendidos pela Venezuela.

    A ALBA-TCP, que reúne países da América Latina e do Caribe comprometidos com a cooperação e a integração regional, reafirmou seu apoio à Venezuela em face das tentativas de ingerência estrangeira. Durante a cúpula, os líderes expressaram seu apoio incondicional ao governo venezuelano, condenando as sanções e as campanhas de desinformação promovidas por potências externas, assim como as pressões para reverter o resultado da eleição presidencial. Essas medidas coercitivas, unilaterais e injustas, assim como as pressões políticas e diplomáticas, são uma tentativa clara de minar a vontade soberana do povo venezuelano. 

    O bloco condenou as posições intervencionistas de potências imperialistas como os EUA e União Europeia e de países latino-americanos.   

    O Brasil e a Colômbia se pronunciaram à parte dos EUA, da OEA e dos países abertamente hostis à Venezuela. Mas cometeram o erro crasso de duvidar da legitimidade da reeleição de Maduro e fazer declarações que violam o princípio da autodeterminação nacional. Por isso foram também alvo de críticas. A declaração conjunta firmada por Lula e Petro manifesta a intenção de ajudar o país bolivariano a se pacificar e estabilizar. Mas ao não reconhecerem a legitimidade da eleição de Maduro, os dois presidentes se afastam dos bons amigos bolivarianos e, independentemente de suas intenções, prejudicam o país. 

    Não se sustenta o argumento de que por serem países fronteiriços com a Venezuela, Brasil e Colômbia tenham o direito de se imiscuir nos assuntos internos do vizinho, ao ponto de pretenderem ditar o que deve fazer para resolver seus contenciosos eleitorais, definindo uma ação concreta - a convocação de nova eleição. Além disso, vale notar que a proposta é inócua, jamais será executada, portanto faltou realismo aos seus formuladores. Seria preferível que Brasil e Colômbia explicitassem as razões políticas e ideológicas pelas quais se afastam de um país fraterno e aliado, em vez de objetivamente facilitar o trabalho dos que simplesmente querem remover o poder revolucionário, aliás outro objetivo vão, porquanto uma revolução autêntica não entrega o poder a forças políticas contrarrevolucionárias. 

    A ALBA-TCP, em sua cúpula, reafirmou o compromisso com os princípios de integridade, não ingerência e respeito aos assuntos internos dos países membros. Esta é a única posição que contribui essencialmente para a manutenção da paz e da estabilidade na região, especialmente diante das crescentes tensões globais. A condenação à interferência estrangeira na Venezuela é uma defesa não apenas da soberania venezuelana, mas também dos direitos de todas as nações de escolherem seu próprio caminho de desenvolvimento sem a influência coercitiva de potências externas.

    A agenda da ALBA-TCP também abordou a continuidade dos planos de integração regional, como a Agenda 2030, que visa enfrentar desafios globais e regionais por meio de um esforço conjunto. Esse compromisso com a cooperação e a integração é vital para a construção de uma América Latina mais unida e independente, capaz de resistir às pressões externas e de trilhar seu próprio caminho de desenvolvimento.

    A reeleição de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela foi um triunfo da democracia e da soberania. A ALBA-TCP, ao expressar seu apoio unânime a Maduro e ao povo venezuelano, reafirma a importância de respeitar a vontade popular e de condenar qualquer forma de ingerência estrangeira. É fundamental que as nações da América Latina continuem a se unir em defesa de sua soberania e independência, resistindo às tentativas de subversão de seus processos democráticos e mantendo-se firmes em seus princípios de autodeterminação.

    O respeito à soberania popular e a defesa intransigente da democracia na Venezuela tem como premissa a aceitação do resultado proclamado pelo Poder constitucional soberano da Venezuela. Nicolás Maduro ganhou a eleição, foi reeleito. O não reconhecimento disto viola a soberania popular, a democracia e a autodeterminação do país.

    O verdadeiro objetivo desses ataques é claro: impedir que um modelo alternativo de governança popular e soberana prospere. Esse modelo ameaça diretamente a hegemonia do imperialismo estadunidense. A tentativa de recolonização da Venezuela faz parte de uma estratégia mais ampla de manter o controle sobre recursos naturais estratégicos e suprimir qualquer movimento de independência e autodeterminação na América Latina.

    A Cúpula da ALBA-TCP é uma afirmação da unidade latino-americana e caribenha e pode contribuir para a restauração do ambiente de cooperação no âmbito da Celac, a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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