Vitória de Maduro abre caminho para a paz, o diálogo e a estabilidade política
Venezuela deu exemplo de democracia em eleições históricas
Por José Reinaldo Carvalho - A Venezuela surpreendeu o mundo ao realizar eleições marcadas pela paz e estabilidade, sinalizando uma nova era de tranquilidade e ordem política. O presidente Nicolás Maduro antes mesmo de conhecer o resultado, disse que as eleições foram “bonitas” e “realizadas em paz”. E repetiu: “paz, paz, paz, perfeita paz”. Ele foi reeleito com 51,2% dos votos, enquanto seu principal adversário alcançou 44% dos sufrágios. Ao discursar após a proclamação dos resultados afirmou que "o fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará". Até o momento em que escrevemos esta coluna a oposição não se manifestou. Horas antes da divulgação do resultado pelo Conselho Nacional Eleitoral, a líder da extrema direita apelou a seus seguidores para pressionar as autooridades e disse ter apoio internacional.
A jornada ocorreu livre de incidentes, à exceção de um ataque hacker ao site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que apura e divulga os resultados das eleições na Venezuela, segundo Maduro uma tentativa de "evitar que a população tivesse acesso aos resultados".
É um momento histórico para o país, em que pela primeira vez o candidato oficialista, Nicolás Maduro, enfrentou uma concorrência robusta de nove candidatos de oposição, sendo um deles de extrema direita, que pregava a violência política contra o governo e seus partidários e ameaçava o país de guerra civil e banho de sangue. É o mesmo grupo político que pediu mais sanções e intervenção estrangeira contra o país.
Além da paz, da tranquilidade e da ordem, a eleição deste histórico 28 de julho desqualificou, derrotou, fez fracassar os funestos planos e atos insurrecionais antidemocráticos e contrarrevolucionários. Mesmo com um discurso violento, nenhum setor da oposição boicotou as eleições. Muitos setores oposicionistas anteriormente relutantes em participar do processo eleitoral, acabaram por não boicotar as eleições e incentivaram seu eleitorado a exercer seu direito ao voto. Essa mudança de postura legitimou o processo eleitoral venezuelano, tornando-o um exemplo de democracia participativa e protagonista, revelando ao mundo o vigor da democracia popular vocacionada à construção do socialismo.
Falaram mais alto o patriotismo e o espírito cívico do povo venezuelano.
A vitória de Nicolás Maduro representa não apenas um triunfo pessoal, a vitória de um partido e de uma coalizão eleitoral, mas também uma reafirmação do chavismo como força política dirigente. Esta eleição solidifica a democracia participativa e destaca o compromisso do povo venezuelano com a continuidade de sua revolução bolivariana, cuja essência, como dizia seu comandante Hugo Chávez, é o anti-imperialismo e a construção de uma sociedade com direitos políticos, humanos e sociais para todos.
Começa uma nova etapa política no país. A decisão soberana do povo abre possibilidades promissoras para a estabilização do país, criando um ambiente favorável para o diálogo político que estabeleça um novo sistema de convivência entre as diversas forças políticas, a não ser que a extrema direita decida retomar o caminho do golpismo com o auxílio de seus aliados internacionais.
A vitória de Maduro e do chavismo representa também uma derrota contundente para a extrema direita, que viu suas políticas de violência e desestabilização fracassarem diante da vontade popular. Este resultado sinaliza um novo começo para a Venezuela, onde o diálogo interno e internacional pode ser um fator que contribua para o desenvolvimento do país. O governo, agora fortalecido, tem a oportunidade de buscar a suspensão das sanções internacionais impostas unilateralmente pelo imperialismo estadunidense, ao arrepio do direito internacional.
Com este triunfo, a Venezuela envia uma mensagem clara ao mundo de que um povo unido e mobilizado sob uma direção política lúcida e combativa supera quaisquer adversidades.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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