Celso Amorim elogia eleições venezuelanas e reforça importância de respeitar o resultado
Assessor especial do presidente Lula está em contato com as diferentes forças políticas em disputa na Venezuela
247 - O assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, que está em Caracas para acompanhar as eleições presidenciais venezuelanas deste domingo (28), elogiou a jornada eleitoral 'tranquila' e pediu respeito ao resultado final, que deve ser divulgado nas próximas horas.
"Estou acompanhando de perto o processo eleitoral venezuelano. Ainda há mesas de votação abertas. É motivo de satisfação que a jornada tenha transcorrido com tranquilidade, sem incidentes de monta. Houve participação expressiva do eleitorado", disse Amorim, em nota, citada pelo portal G1.
"Estou em contato com diferentes forças políticas e analistas eleitorais, além de membros da equipe de observadores do Centro Carter e do Painel de Especialistas da ONU. O presidente Lula vem sendo informado ao longo do dia. Vamos aguardar os resultados finais e esperamos que sejam respeitados por todos os candidatos".
O presidente eleito assumirá o cargo em 10 de janeiro de 2025 e cumprirá um mandato de seis anos. Disputam o presidente Nicolás Maduro, em busca de um terceiro mandato, e o diplomata e opositor Edmundo Gonzalez.
As mais de 15,7 mil urnas das eleições presidenciais na Venezuela, onde mais de 21 milhões de pessoas foram convocadas para votar, foram fechadas às 19h (20h em Brasília). A contabilização dos votos muito provavelmente seguirá até a madrugada de segunda-feira (29). A participação foi massiva desde a madrugada, segundo o relato da agência ANSA.
O resultado oficial ainda não foi divulgado, e as pesquisas de boca de urna divergem. A agência Hinterlaces informou que até às 12 horas, 61,5% dos eleitores tinham votado e que o presidente Maduro estava à frente de González por quase 12 pontos – sendo 54,6% a 42,8%, respectivamente. No entanto, circula entre opositores e aliados de María Corina Machado e Edmundo Gonzalez pesquisas de boca de urna que dão ao ex-diplomata 60% dos votos contra 30% de Maduro.
No final de junho, oito dos dez candidatos, incluindo Maduro, assinaram um acordo rejeitando a violência e aceitando os resultados das eleições. Maduro acusou os candidatos que não assinaram, Edmundo Gonzalez e Enrique Marquez, de tramar distúrbios após a votação. Corina Machado, uma figura proeminente da oposição, foi impedida de participar, apesar dos pedidos dos Estados Unidos para sua inclusão. (Com agências).
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