Viúvos da imprensa comercial fracassam e operação “ressuscita Aécio” vira uma retumbante piada (de mau gosto)
Quem é Aécio Neves na fila do pão? eis a questão, como bem ressaltou, com uma justa ironia, Paulo Pimenta
Imagine você, caro leitor, com um abacaxi imenso para resolver, contando cada minuto como essencial para sanar a questão cabeluda. De repente, um conhecido para você na rua e começa a contar sobre seus parentes que você não encontra há 10 anos, sobre o ciclo de vida das baleias jubarte e sobre a promoção de papel higiênico no Sacolão do bairro. Tenso.
Paulo Pimenta, que possui imensos, colossais, desafios no RS, após ser nomeado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do estado, deve ter sentido um incômodo semelhante com a falta de noção de um jornalista “viúvo do Aécismo”, que resolveu ressuscitar o moribundo durante uma coletiva de imprensa, dando destaque de estrela ao homem que, há pelo menos 9 anos, vive, a contragosto, na morada do ostracismo.
O viúvo jornalista da Folha (claro, sempre a Folha) pegou o microfone e decidiu narrar, com detalhes, o “relevante” fato, como se todos ali tivessem tempo livre para jogar um baralho e tomar uma cerveja.
“Aécio, quadro importante para o PSDB, classificou sua nomeação como uma excrescência. Como o senhor observa tal fala?”, indagou o jornalista.
Pimenta, com uma paciência invejável, apenas ironizou dizendo não conhecer Aécio Neves. Obviamente Pimenta conhece, mas qual a parcela dos brasileiros que ainda conhece Aécio Neves? Como uma banda que fez sucesso com um hit de verão dos anos 90, quem não visto mais, não é lembrado. Aécio saiu de cena de forma vexatória em 2015, ao bancar o menino mimado (que sempre foi) e contestar as eleições legítimas. Mais tarde, tal decisão atingiu em cheio até o PSDB, que viu de camarote a extrema-direita tomar o seu lugar por uma série de erros crassos. “O apressado come cru”, como já diz o velho ditado.
Aécio apenas possui relevância em setores da imprensa comercial que vivem nostálgicas, como viúvas, naquela eleição de 2014. Que sentam num bar, pedem o whisky mais forte, e velam, até hoje, o finado político, dando relevância a um quase desconhecido, que não possui importância nem ao menos nas reuniões do condomínio de seu prédio.
Luciano Huck é outro que vive até hoje o sonho não realizado. Frustrado, mas atento e bem capcioso, ele tenta, através de jantares indigestos, reviver o Aécio “new generation”, colocando um fétido verniz no bolsonarista Tarcísio de Freitas.
Que Aécio siga em seu ostracismo, não faz falta nenhuma ao país. E que suas viúvas parem de passar vergonha em coletivas de imprensa, Deixem o choro para o happy hour, com o garçom a vergonha é menor.
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